No primeiro semestre, a bolsa de valores brasileira, a B3, identificou uma considerável alta no registro de investimentos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. Ao todo, os ativos encerraram o período com estoque de R$ 3,2 trilhões.
Em comparação ao mesmo semestre do ano anterior, foi observado um aumento de 24% no volume de investimentos de renda fixa emitidos por instituições financeiras.
Entre esses investimentos apurados pela B3, estão:
- Certificado de Depósito Bancário (CDB);
- Recibo de Depósito Bancário (RDB);
- Depósito Interfinanceiro (DI);
- Letra Financeira (LF);
- Letra Imobiliária Garantida (LIG);
- Letra de Crédito Imobiliário (LCI); e
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Entre janeiro e junho deste ano, os títulos com maior volume registrado foram os CDBs. Estes investimentos encerraram junho com R$ 1,6 trilhão de estoque. Isso representa um crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado.
No primeiro semestre, a Letra Financeira — título de capta recursos de longo prazo — teve aumento de 80% no volume em relação ao ano anterior. Em junho, o estoque deste ativo era de R$ 408 bilhões, um valor 23% acima do mesmo período de 2021.
A LIG — título lastreado por créditos imobiliários — registrou o patamar de R$ 65 bilhões de estoque. Pela primeira vez, este investimento chegou a um nível igual.
Durante o semestre, as letras de crédito, LCI e LCA mais do que dobraram o volume. Estes ativos totalizaram R$ 448 bilhões de estoque. Deste total, R$ 180 bilhões foram de LCI e R$ 268 bilhões de LCA — respectivamente, 56% e 74% maior do que o registrado no mesmo período de 2021.
Fatores que contribuíram para o maior interesse nos investimentos
O diretor de Produtos de Balcão e Novos Negócios da B3, Fábio Zenaro, cita que houve elevação do interesse dos investidores por aplicações de renda fixa. Isso por conta dos aumentos seguidos na taxa básica de juros da economia, a Selic.
Além desse fator, o executivo informa que, no semestre, a LCI e LCA se destacaram bastante “pela disponibilidade de lastro, com incentivos para financiamentos a setores específicos da economia, como o agronegócio e o mercado imobiliário”.
Para o investidor, Zenaro explica que o atrativo é que estes dois papéis contam com isenção de Imposto de Renda.
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