O que devo fazer para a INFLAÇÃO não COMPROMETER meu bolso?

Pontos-chave
  • O investimento é uma forma de proteger o dinheiro da inflação;
  • Especialista cita importância de procurar ativos que valorizem com o tempo;
  • Os interessados devem se atentar aos possíveis riscos das aplicações.

Recentemente, a inflação vem atingindo diversos países do mundo. No Brasil, o aumento dos preços ao consumidor chega a dois dígitos no acumulado nos últimos 12 meses. Para que a inflação não comprometa o bolso das pessoas, uma das formas possíveis é realizar investimentos.

O que devo fazer para a INFLAÇÃO não COMPROMETER meu bolso?
O que devo fazer para a INFLAÇÃO não COMPROMETER meu bolso? (Imagem: Montagem/FDR)

Com a inflação corroendo o poder de compra da população, simplesmente deixar o dinheiro parado não é visto como uma alternativa vantajosa. Na área de investimentos, existe a possibilidade de encontrar aplicações com rendimentos interessantes.

Investimento como forma de vencer a inflação

Segundo a co-fundadora e COO da Bricksave, Sofía Gancedo, no país, existe uma parte considerável de investidores conservadores — que optam por opções com menor risco possível. De quem poupa, um dos grandes projetos é comprar a casa própria.

No caso de quem procura uma boa rentabilidade, a especialista afirma que o interessado pode recorrer aos fundos imobiliários ou à compra de imóveis para diversificação da carteira de investimentos.

Gancedo considera que no caso de investimento no médio prazo, atualmente, “acumular dólares equivale a perder dinheiro”. No acumulado neste ano até maio, a moeda norte-americano registrou desvalorização de 14,77%.

Atualmente, o mundo vive um panorama adverso. Diante da guerra entre Rússia e Ucrânia, o preço do petróleo passou a disparar. Em meio a isso, Gancedo alega que mesmo que o dólar seja a moeda mais forte do planeta, “o quadro mundial pede cautela.

A executiva também cita a uma inflação como um “fator-chave”. Hoje, a alta dos preços atinge uma parte considerável do mundo. Isso acontece como resultado dos pacotes de estímulo e da grande emissão do governo durante a pandemia de coronavírus.

Apesar de não observar o dólar como uma opção no médio prazo, Gancedo afirma que “a moeda norte-americana até pode ser considerada um bom refúgio, se precisarmos de capital de curto prazo.

“Mas o que acontece se quisermos fazer esse dinheiro render ao longo do tempo? Nesse caso, o desafio não será apenas vencer a inflação local, mas também a depreciação das moedas internacionais”, complementa.

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A importância de procurar investimentos que ganhem valor com o tempo

Diante disso, a especialista destaca a importância de considerar ativos que ganhem valor durante os anos — acima do ritmo da inflação.

Segundo Gancedo, estes investimentos devem funcionar “em macroeconomias estáveis e no quadro de regulamentações claras; mercados-alvo que suportem flutuações temporárias – pandemia, guerra, inflação, entre outros”.

A executiva ainda cita que os ativos precisam disponibilizar “um retorno moderado, seguro e, se possível, diversificado, o que se consegue ao longo de longos ciclos econômicos (aproximadamente cinco anos)”.

Neste sentido, Gancedo afirma que o investimento em imóveis vem sendo uma proteção contra a inflação. O motivo é que a valorização dos bens sobe durante os anos. Isso ocorre, especialmente, em nações desenvolvidas.

Conforme ela, ao se falar em investimento em imóveis, especialistas tendem a comentar sobre a liquidez — ou a falta dela. Em situações de incerteza, o especialista recomenda ter uma reserva de emergência disponível.

A reserva de emergência se refere a uma quantia correspondente a certo número de meses do custo de vida da pessoa, que fica guardado em um investimento seguro e de fácil retirada para situações imprevistas.

Segundo a especialista, caso a pessoa tenha o propósito de desenvolver um resguardo para uma aposentadoria de longo prazo, a prioridade deve ser a rentabilidade.

Pessoas que deixam o dinheiro parado acabam sendo prejudicadas pela inflação
Pessoas que deixam o dinheiro parado acabam sendo prejudicadas pela inflação (Imagem: Montagem/FDR)

Pessoas devem se atentar aos possíveis riscos de investimentos

Outro ponto importante é o risco. “Quem oferece um retorno mensal de 30% sobre um investimento também deve explicar os grandes riscos que essa operação acarreta”, comenta a executiva.

Conforme ela, pode ser complicado identificar opções que reduzam o risco e proporcionem retornos aceitáveis. Contudo, as ferramentas digitais atuais abrem mais alternativas, com opções confiáveis e transparentes — com facilidade de operação via smartphone.

“O investidor está mais empoderado e com um leque de possibilidades maior, e isso já é digno de comemorar”, finaliza Gancedo.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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