O governo está disponibilizando o empréstimo do Auxílio Brasil para os beneficiários. O crédito será na forma de consignado e, portanto, as parcelas serão pagas diretamente do benefício. Porém, o presidente Bolsonaro (PL) aconselhou os brasileiros a não realizarem o empréstimo.
O empréstimo do Auxílio Brasil irá disponibilizar linha de crédito para as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Esses, geralmente, possuem dificuldade em conseguir dinheiro emprestado devido a falta de garantia.
Mesmo sendo uma função idealizada para ajudar os beneficiários do Auxilio Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse esperar que a população não pegue o empréstimo. Porém, a linha de crédito estará disponível para aqueles que precisam de dinheiro para pagar dívidas, com juros maiores.
Em entrevista ao Flow Podcast, na última segunda-feira (8), Bolsonaro disse que espera que o brasileiro “não entre em uma bola de neve de empréstimo“. Especialistas criticam a medida e alertam para possíveis endividamentos.
Empréstimo do Auxílio Brasil terá juros de 79% ao ano
Mesmo se tratando de um consignado, as estimativas é que os juros a serem cobrados no empréstimo do Auxílio Brasil devem chegar a 79% ao ano. As taxas cobradas para aposentados e pensionistas do INSS variam de 20% a 30% ao ano.
Bolsonaro declarou, durante a entrevista, que pediu às instituições financeiras, durante o evento na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a redução dos juros. Diante da crítica de um possível aumento no endividamento das famílias mais pobres, o presidente disse que são “maior de idade”.
Porém, uma das críticas é sobre a ignorância financeira dos beneficiários que é composta, na maioria, por pessoas sem instrução. Assim, serão induzidos, sem o conhecimento da alta taxa de juros, a pegar o empréstimo.
Dessa maneira, apenas os bancos irão lucrar e a população mais carente vai ficar em uma situação financeira ainda mais crítica. É importante lembrar que quem recebe o programa assistencial geralmente não possui outra fonte de renda.
O valor limite para o desconto é de 40% do benefício. Assim, sobre os atuais R$ 400 será pago R$ 160. Com o aumento para R$ 600, o limite vai para R$ 240. Porém, esse pagamento ampliado só será válido até o fim deste ano.