Nesta terça-feira (2), dólar registrou alta de 1,93%, a R$ 5,2792. Este foi o maior aumento percentual diário desde o dia 11 de julho, quando tinha elevado 1,96%. A valorização recente da moeda norte-americana acontece em meio à elevação de tensões geopolíticas.
Na sessão anterior, o dólar tinha encerrado em alta de 0,06%, a R$ 5,1776. Diante dessas cotações recente, a moeda estrangeira passou a acumular elevação de 2,03% em agosto.
Apesar disso, no acumulado deste ano, a moeda norte-americana ainda registra desvalorização de 5,30% em relação ao real.
O VIX, conhecido como o “índice do medo”, evoluiu 4,86% pontos. Já o DXY, que analisa a força do dólar em relação a outros câmbios globais, aumentou 0,80%, aos 106,30 pontos.
Ao considerar o mercado de ações brasileiro, o Ibovespa registrou alta de 1,11%, aos 103.261 pontos. O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, apresentou direção oposta em comparação às principais bolsas no exterior.
Motivos que impactaram a cotação do dólar frente ao real
A valorização do dólar acontece em meio ao aumento de tensão geopolítica entre Estados Unidos e China, e também ao começo da reunião Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Nesta terça-feira, a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, realizou uma visita à Taiwan. Esta é uma ilha autogovernada, mas reivindicada por Pequim.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz do ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, informou que os Estados Unidos poderão enfrentar “consequências desastrosas”, se contrariar o país asiático em relação à viagem de Pelosi.
No cenário interno, os investidores passaram a observar a reunião do Copom, que estabelecerá o novo patamar da taxa Selic nesta quarta-feira (3). Atualmente, a taxa básica de juros da economia está em 13,25% ao ano. Este é o maior nível desde dezembro de 2016, quando tinha chegado a 13,75% ao ano.
Grande parte do mercado prevê que a autoridade monetária aumentará a Selic em 0,50 ponto percentual. Com isso, a Selic elevaria para 13,75% ao ano.
Os analistas do mercado ainda alegam que a moeda brasileira vem se aproximando de uma fase mais delicada. Diante disso, o real poderia enfrentar problemas para um estabelecimento mais consistente.
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