A inflação em alta afeta, principalmente, os alimentos cujo reajuste no preço em julho encareceu itens como o mamão e o leite. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador da prévia da inflação, ficou em 22,48% em julho.
Este é um dos medidores oficiais da inflação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o indicador, a inflação em alta refletiu no leite longa vida, que acumula reajustes de 57,42% no ano e 51,69% em 12 meses.
Derivados do leite também foram impactados pela inflação em alta, na margem de 11,43%. É o caso do requeijão em 4,74%, a manteiga em 4,25% e o queijo em 3,22%. De acordo com o Boletim do Leite, realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, os aumentos no preço do leite podem ser explicados pela oferta reduzida.
Destacando que a inflação em alta registrou novos e ligeiros índices em julho, ficando em 0,13% contra 0,69% em junho. Esta foi a menor variação desde junho de 2020. Na época, a alta foi de, somente 0,02%.
É importante explicar que a desaceleração reforça a expectativa apresentada nas projeções feitas por economistas, que é a de IPCA negativo no balanço mensal completo. Entretanto, o alívio na prévia de julho se concentrou nos combustíveis e na conta de luz. Por outro lado, os alimentos voltaram a ficar mais caros.
Alimentos caros pela inflação em alta
- Mamão: 22,48%;
- Leite longa vida: 22,27%;
- Pepino: 15,31%;
- Leite e derivados: 11,43%;
- Melancia: 10,71%;
- Maracujá: 9,91%;
- Banana d’água: 9,84%;
- Pera: 8,21%;
- Coentro: 8,20%;
- Carvão Vegetal: 8,18%.
O grupo alimentação e bebidas subiu 1,16%. Segundo o IBGE, tanto comer fora de casa, como a alimentação domiciliar, ficaram mais caras.
A alimentação fora do domicílio teve alta de 1,27% em julho, acelerando em relação a junho (0,74%). Tanto o lanche (2,18%) quanto a refeição (0,92%) tiveram variações superiores a do mês anterior (1,10% e 0,70%, respectivamente).
A laranja-baía foi o item que apresentou maior redução de preço no IPCA-15 de julho, com queda de 22,16%. Em seguida, vêm o tomate (-19,42%) e a cenoura (-19,24%).