Estes são os melhores INVESTIMENTOS para aproveitar os perídos antes e depois das ELEIÇÕES deste ano

Pontos-chave
  • Analistas apontam oportunidades na bolsa de valores brasileira;
  • O setor beneficiado após as eleições dependerá do vencedor na disputa;
  • A Petrobras ainda pode oferecer bons retornos independentemente do eleito.

Os anos eleitorais tendem a provocar incertezas aos investidores. Nestes períodos, as ações podem ser afetadas por decisões populistas de governantes e interferências políticas em empresas estatais e de capital misto. Diante disso, as pessoas devem verificar onde é interessante investir neste ano eleitoral.

Ano eleitoral: onde é interessante INVESTIR antes e depois das Eleições deste ano?
Ano eleitoral: onde é interessante INVESTIR antes e depois das Eleições deste ano? (Imagem: Montagem/FDR)

Em outubro deste ano, acontecerão as eleições 2022, quando serão eleitos o presidente, governadores, deputados federais e estaduais, além de senadores. Esse período deve causar volatilidade nos mercados, de forma a demandar maior atenção de quem deseja investir em ações na bolsa de valores.

Para ajudar a escolher os melhores investimentos neste período, os analistas Luíz Nunes, presidente da Forpus Capital, e Heloísa Cruz, analista de investimentos da Stoxos, deram algumas dicas.

Os dois participaram de um painel num evento para investidores, a Money Week, promovido pela EQI Investimentos. A informação foi apurada pelo Valor.

Perspectivas para antes e depois das eleições deste ano

Segundo Nunes, as eleições influenciarão os ativos. Até outubro, é momento de ajustar o portfólio. Ela destaca que não é momento de sair da bolsa de valores, mas sim de procurar ativos com rendimentos no longo prazo.

Ainda sobre o período pré-eleitoral, a analista destaca ser um momento de preparação.

Diante da grande volatilidade futura, ela recomenda procurar entender mais as dinâmicas de retorno para os acionistas, além de se atentar ao comportamento das companhias dentro e fora da bolsa — já que nem sempre haverá boas oportunidades de bolsa barata para investir.

Já para o contexto pós-eleitoral, os especialistas esperam, no curto prazo, um crescimento do Ibovespa — por pelo menos seis meses. Isso em resposta ao alívio no cenário de incerteza que envolve o índice da B3.

Após esse tempo, o setor a ser favorecido depende muito mais do vencedor da disputa do que outro fator.

Conforme Nunes, Bolsonaro e Lula possuem discurso favorável ao mercado. De um lado, há um exemplo mais conservador. Do outro, um mais assistencialista.

Sendo assim, caso Bolsonaro seja reeleito, as empresas estatais terão mais potenciais, segundo ela. Já caso o petista ganhe, haverá um momento de gasto com segmentos voltados a educação e afins.

A partir disso, o especialista indica que será possível saber quais companhias devem crescer na bolsa de valores. Atualmente, o candidato do PT vem liderando as pesquisas de intenção de voto.

Onde investir no período eleitoral

Os especialistas citaram setores que devem ser favorecidos e proporcionar retornos de longo prazo para os investidores. As apostas de Cruz para investir são áreas relacionadas a resíduos e energia.

Com nova legislação demandando, a analista observa boa oportunidade na parte de resíduos. No longo prazo, energia também deve oferecer retorno. Cruz cita as commodities alumínio, cobre e níquel como promessas de retorno. Além disso, ele comentou sobre a área agro, porque puxará nesse semestre.

Por outro lado, Cruz indica que os investidores evitem bancos que emprestam dinheiro para as classes C, D e E, varejo e construção civil com exposição para essas faixas.

As eleições devem causar impacto direto nos ativos da bolsa de valores
As eleições devem causar impacto direto nos ativos da bolsa de valores (Imagem: FDR)

Já no entendimento de Nunes, aPetrobras é a principal oportunidade atual para o investidor.

Segundo ele, a estatal possui diversos cenários que a favorece. Por exemplo, se o valor do petróleo recuar, há ganho poque reduz a intervenção. A privatização também impacta. O especialista classifica a empresa com ação bastante barata e dividendo muito alto.

No primeiro semestre deste ano, a petroleira aparece como a maior pagadora de dividendos. Nos últimos 12 meses, a empresa teve um dividend yield (DY) de 40%, conforme dados do Status Invest.

No começo de maio, a estatal tinha comunicado que distribuiria R$ 48,5 bilhões em dividendos aos acionistas. Esse valor equivale a R$ 3,715490 por ação ordinária e preferencial em circulação. O pagamento aconteceu em duas parcelas, sendo que a última ocorreu nesta quarta-feira (20).

Na outra ponta, o executivo alega que, no segundo semestre, os setores substituíveis — ou considerados supérfluos —, como relacionados a vestimenta e vinhos, não terão aumento considerável.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.