Em junho, a inflação ao consumidor nos Estados Unidos aumentou 1,3% em relação a maio. Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (13).
A inflação dos Estados Unidos em junho ficou acima do previsto por economistas consultados pela Reuters, de 1,1%. Em maio, o índice de preços ao consumidor já tinha aumentado 1%.
No acumulado em 12 meses até junho, a inflação dos EUA chegou a 9,1%. Este é a maior elevação desde novembro de 1981. O mercado, por sua vez, esperava que o aumento anual seria de 8,8%.
Assim como aconteceu no mês anterior, a inflação norte-americana foi puxada, especialmente, pela alta nos preços de alimentos e combustíveis. No sexto mês deste ano, o valor médio do galão da gasolina nos EUA chegou a US$ 5 pela primeira vez, segundo dados da Associação Automobilística Americana (AAA).
Os preços ao consumidor americanos estão elevando diante de problemas nas cadeias de fornecimento mundiais e maciços estímulos fiscais do governo — que foram adotados no começo da pandemia de coronavírus.
Forte inflação dos EUA deve manter juros altos
Em meio à piora recente dos dados de inflação nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), na reunião de junho, aumentou a taxa de juros local em 0,75 ponto percentual. Esta foi a maior alta desde 1994. O ciclo de aumento dos juros ocorre desde março.
Mesmo que essa decisão tenha sido observada como agressiva, o Fed precisará continuar com o aperto monetário pelos próximos meses. A avaliação foi realizada pela gestora SPX, de Rogério Xavier.
No entendimento da casa, agora, a questão “não será apenas se veremos um pouso forçado, mas sim qual será a duração, a profundidade e as consequências da recessão que se avizinha” no país norte-americano.
A gestora considera ser tênue a linha entre provocar uma recessão e arrefecer o mercado de trabalho, controlando o aumento dos preços.
A próxima reunião da autoridade monetária acontecerá no fim de junho. O mercado prevê que o Federal Reserve promoverá um novo aumento de 0,75 ponto percentual nos juros americanos.