Como forma de assegurar a aposentaria, um dos instrumentos mais usados pelos brasileiros é a previdência. No entanto, esse benefício tem sido menos acessível para muitas pessoas. Em meio a isso, o investimento em fundos imobiliários vem chamando a atenção de quem busca ganhos no longo prazo.
Ao Valor, o chefe da área de alocação e fundos da XP, Rodrigo Sgavioli, entende que os fundo imobiliário é um ótimo investimento para quem busca a aposentadoria — ou deseja ter uma renda complementar.
Os fundos imobiliários são um tipo de “condomínio” de investidores. Essas pessoas reúnem seus valores para investir, de forma conjunta, no mercado imobiliário.
Geralmente, as quantias aplicadas pelos investidores são utilizadas na construção ou compra de imóveis. Em meio a dessas operações, os ganhos são distribuídos entre os participantes.
As cotas desses fundos imobiliários são negociadas na bolsa de valores. Essa categoria oferece, de forma geral, duas fontes de retorno para quem realiza o investimento: ganho de capital, pela valorização das cotas; e distribuição de rendimentos, também conhecidos como dividendos.
Segundo a legislação, os fundos imobiliários precisam distribuir, ao menos, 95% dos lucros a cada seis meses. Apesar disso, grande parte dos fundos oferece esses rendimentos mensalmente aos cotistas.
Proporção de investimento em fundos imobiliários
No entendimento do fundador da Conti Capital, Carlos Vaz, ao Valor, alocar cerca de 20% da carteira em ativos imobiliários com foco em longo prazo pode ser considerado até mesmo para os mais jovens.
De qualquer forma, antes de adquirir fundos imobiliários, o interessado deve compreender que esse investimento faz parte da renda variável, com cotação diária na bolsa de valores. Por conta disso, as cotas podem variar para cima ou para baixo — mesmo que ofereça bons rendimentos.
Caso a pessoa tenha menos tolerância ao risco, Sgaviolli afirma não ser recomendável aplicar em fundos imobiliários para a aposentadoria.
Por outro lado, se a pessoa entende que as cotas variam porque, às vezes, o mercado atribui um valor maior ou menor ao investimento — só que ele não perdeu, necessariamente, valor de fato —, os fundos imobiliários podem ser considerados.