Marcas que reduzirem a quantidade de seus produtos e manterem os preços podem sofrer ESTAS consequências

Se já não bastasse o preço alto que os consumidores estão enfrentando nos supermercados ultimamente, as embalagens das estão sendo vendidas com quantidades cada vez menores. Esta é uma prática conhecida como “reduflação” (termo que mistura redução com inflação), usada para disfarçar a inflação, fazendo com que o consumidor pague a mesma coisa que antes, mas levando uma menor quantidade do produto.

Mesmo que esta não seja uma prática ilegal, estas alterações devem obedecer certos critérios, e os fabricantes devem obrigatoriamente comunicar qualquer mudança na quantidade na parte frontal da embalagem, em letras de cor e tamanho destacados. Trocando em miúdos, esta informação deve estar clara o suficiente para todos consigam entender.

Se a embalagem não trouxer esta informação sobre a redução na quantidade ou alteração de forma clara, o consumidor pode fazer uma denúncia aos órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon, Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e Ministério da Justiça. Pela omissão da informação, as fabricantes podem ser multadas por maquiagem de produto. Os valores chegam a R$ 9,9 milhões.

Cada estado possui determinações próprias para esta questão. Em São Paulo, se o aviso estiver muito pequeno, o consumidor tem o direito de trocar o produto por outro de sua preferência ou obter a devolução do valor pago em dinheiro.

São determinadas pela portaria nº392, de 29 de setembro de 2021 do Ministério da Justiça, algumas regras sobre as mudanças: 

Reduflação 

De acordo com economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, André Braz, reduzir o conteúdo das embalagens é uma estratégia comercial para esconder a inflação. É uma forma de não repassar o preço ao consumidor final, uma estratégia de marketing”, disse ele ao UOL.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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