- Adesão à redução do ICMS altera preço dos combustíveis;
- 22 estados e o DF já alteraram a alíquota do imposto;
- Alta da barril de petróleo influencia política de preços dos combustíveis.
Desde a redução na alíquota do ICMS na última semana, já é possível notar a queda no preço da gasolina em postos de combustíveis por todo o país. Até o momento, 22 Estados e o Distrito Federal já adotaram novas taxas para o imposto.
O Espírito Santo é o estado que registrou a maior queda no preço médio da gasolina na semana entre 3 e 9 de julho. De acordo com a Agência Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (ANP), o litro do combustível ficou R$ 1,07 mais barato, passando de R$ 7,31 para R$ 6,24.
Outros dois estados brasileiros também tiveram quedas superiores a R$ 1 no preço da gasolina. Trata-se do Rio de Janeiro que retirou R$ 1,06 da cobrança e Goiás que alterou o preço médio do combustível de R$ 7,08 para R$ 6,06.
Há algumas semanas atrás a gasolina quase foi vendida a cerca de R$ 8 o litro em várias localidades do país. Outro estado que registrou uma redução no preço da gasolina entre as semanas de 26 de junho a 2 de julho e, posteriormente, de 3 a 9 de julho foi Roraima.
O preço médio do combustível passou de R$ 6,98 para R$ 6,83, representando uma baixa mínima de R$ 0,15. Em Roraima, a redução do ICMS passou a valer somente no dia 4 de julho, enquanto as demais unidades federativas fizeram a adesão ainda no final de junho.
Política de preços da gasolina
É importante explicar que o preço do combustível é composto pelo tipo de óleo vendido às distribuidoras, a margem de lucro destes estabelecimentos e também dos postos.
A alta do dólar também tem grande influência neste cenário, pois implica na valorização do barril de petróleo Brent. Ambos os fatores passaram a ser considerados pela Petrobras no cálculo do preço de venda para as refinarias desde 2017.
A política de preços é famosa pela paridade internacional, sendo responsável por gerar a queda temporária nos preços no início da pandemia da Covid-19 em meados de 2020, em virtude da demanda reduzida por todo o mundo.
A retomada global na demanda do petróleo ocorreu após a vacinação em 2021, quando o insumo voltou a ser valorizado e combustíveis como a gasolina dispararam no Brasil. Este ano, o cenário se agravou devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia que desencadeou o desequilíbrio da cadeia de oferta.
Variação estadual no preço da gasolina
Veja a seguir a variação no preço deste combustível após a redução do ICMS. Abaixo será apresentado a queda em percentual e o valor atual. Veja:
- Espírito Santo – queda de 1,07% – R$ 6,24;
- Rio de Janeiro – queda de 1,06% – R$ 6,58;
- Goiás – queda de 1,02% – R$ 6,06;
- Distrito Federal – queda de 0,94% – R$ 6,27;
- Minas Gerais – queda de 0,82% – R$ 6,57;
- Ceará – queda de 0,75% – R$ 6,83;
- Amapá – queda de 0,68 – R$ 5,54;
- Rondônia – queda de R$ 0,68 – R$ 6,57;
- Acre – queda de 0,63% – R$ 7,01;
- Paraná – queda de 0,63% – R$ 6,21;
- Santa Catarina – queda de 0,6% – R$ 6,23;
- São Paulo – queda de 0,6% – R$ 6,1;
- Bahia – queda de 0,58% – R$ 7,34;
- Mato Grosso do Sul – queda de 0,56% – R$ 6,25;
- Paraíba – queda de 0,54 – R$ 6,66;
- Rio Grande do Norte – queda de 0,54 – R$ 7,03;
- Tocantins – queda de 0,53 – R$ 6,96;
- Mato Grosso – queda de 0,5% – R$ 6,42;
- Alagoas – queda de 0,47% – R$ 6,93;
- Pará – queda de 0,47%; – R$ 6,86;
- Amazonas – queda de 0,44% – R$ 6,95;
- Piauí – queda de 0,44% – R$ 7,25;
- Rio Grande do Sul – queda de 0,44% – R$ 6,39;
- Pernambuco – queda de 0,42% – R$ 6,88;
- Maranhão – queda de 0,41% – R$ 6,8;
- Sergipe – queda de 0,39% – R$ 6,77;
- Roraima – queda de 0,15% – R$ 6,83.
Análise da ANP sobre o preço dos combustíveis
Conforme mencionado, a ANP começou a fazer a análise semanal dos preços comercializados nos postos de todo o Brasil em 2004. Desde então, começou a divulgar valores com duas casas decimais, da mesma forma como eles devem ser exibidos nos postos de combustíveis seguindo a determinação da agência.
Somente em 2022, a agência já coletou dados em mais de cinco mil postos de combustíveis por todo o Brasil. Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas não depende apenas da cobrança incidente nas refinarias, como também dos impostos, margens de lucro dos distribuidores e revendedores.
Acordo de Bolsonaro com a Rússia pode baratear combustível
O presidente da República, Jair Bolsonaro, está prestes a concluir um acordo com a Rússia para baratear o valor do diesel. As primeiras cargas do combustível devem chegar ao Brasil dentro de 60 dias.
A capacidade de importação do diesel gira em torno de 30%. O acordo com a Rússia para baratear o valor do diesel pode reduzir a cobrança antes mesmo do processo de importação ser concluído. A queda está condicionada à possível redução no preço do barril de petróleo Brent, cuja cotação chega a US$ 100.