Queda das criptomoedas tem gerado grandes prejuízos para este país

Seguindo a recomendação de um cidadão americano, membro da Ethereum Foundation, a Coréia do Norte decidiu investir nas criptomoedas. A economia do país foi duramente afetada pelo “inverno cripto”, período em que as criptomoedas enfrentaram uma grande desvalorização.

Os investimentos da Coreia do Norte em criptomoedas tiveram início em 2018, período em que o americano Virgil Griffith, da Ethereum Foundation, viajou até o país para uma conferência a respeito de blockchain. Ele, que foi condenado a 7 anos de prisão por conspiração nos Estados Unidos, executou serviços de consultoria e desenvolvimento de uma infraestrutura para mineração na ditadura de Kim Jong-Un. 

A partir deste investimento da Coreia do Norte em criptomoedas e blockchain fez com que o país conseguisse driblar as sanções impostas e financiasse o seu programa de armas nucleares.

Em decorrência da queda de valor recente das criptomoedas, o país, que também tem acusações de roubos de cripto, presenciou a evaporação de seu programa de armas nucleares. De acordo com informações da Chainalysis, empresa de análise de blockchain,  os investimentos do pais em criptos caíram de US$ 170 milhões para US$ 65 milhões. A Coreia do Norte usa essa forma de investimento para lavar dinheiro e comprar  equipamentos militares.

Acusações de roubo 

A Coreia do Norte é acusada do roubo de US$615 milhões de dólares em Ethereum e USD Coin. Porém, depois do “inverno cripto”, o “saque” perdeu dois terços do seu valor. 

Segundo projeções da Campanha Internacional para Abolição das Armas Nucleares, a Coreia do Norte possui um custo de US$ 640 milhões para o desenvolvimento e manutenção do seu arsenal nuclear. De alguma forma, as criptomoedas foram mais eficazes em desnuclearizar a Coreia do Norte do que anos de negociações e sanções.

Criptomoeda ou cibermoeda é um meio de troca, podendo ser centralizado ou descentralizado que se utiliza da tecnologia de blockchain e da criptografia para assegurar a validade das transações e a criação de novas unidades da moeda.

Ao contrário de sistemas bancários centralizados, grande parte das criptomoedas usam um sistema de controle descentralizado com base na tecnologia de blockchain, que é um tipo de livro-registro distribuído operado em uma rede ponto a ponto (peer-to-peer) de milhares computadores, onde todos possuem uma cópia igual de todo o histórico de transações.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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