Governo Bolsonaro gasta R$ 93 milhões para tirar a marca do Bolsa Família dos cartões do Auxílio Brasil. A movimentação é feita às pressas, de olho nas eleições de outubro, com o intuito de eliminar o nome do benefício do governo Lula que ainda é forte na memória do brasileiro.
Candidato à reeleição, Bolsonaro tem empenhado esforços e verba alta para a troca dos cartões do programa social destinado a famílias de baixa renda. O dinheiro sairá do Ministério da Cidadania para a Caixa Econômica Federal. O contrato entre banco e Ministério foi assinado em junho, tendo a duração de sete meses, indo até janeiro, colocando o custo da unidade de cada cartão em R$ 14.
Governo Bolsonaro realizar envio dos novos cartões do Auxílio Brasil
As entregas dos cartões do Auxílio Brasil tiveram início no final de junho e estão sendo realizadas de maneira gradual. O começo da operação teve 3,2 milhões de cartões sendo enviados a beneficiários de todo país. Os primeiros contemplados com os novos cartões foram os cidadãos adicionados à folha de pagamento do programa social em dezembro de 2021.
É válido ressaltar que os cartões do Bolsa Família seguem funcionando devido a entrega gradual. O governo prevê a entrega dos cartões do Auxílio Brasil para mais de 6,6 milhões de famílias, mas a expectativa é de que o número possa ser ampliado para que todos os beneficiários recebam o novo dispositivo.
Empenho do governo Bolsonaro para substituir o cartão do Bolsa Família pelo do Auxílio Brasil
O Governo Federal tenta concluir as entregas dos novos cartões até às eleições. Em outubro, os criadores do Bolsa Família, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Auxílio Brasil, Jair Bolsonaro (PL), se enfrentarão na disputa pela presidência junto a outros nomes.
Já perto de concluir o mandato, Bolsonaro tenta apagar as marcas do petista retirando de circulação os cartões do programa social criado no governo Lula.
O Ministério da Cidadania alega que a emissão dos novos cartões com chip possui o objetivo de trazer maior segurança nas transações do beneficiário, além de acabar com a necessidade do deslocamento dos contemplados até os canais de pagamento.