Entre os dias 1º de junho e 1º de julho, o real foi a quarta moeda com mais desvalorização em comparação ao dólar. No período, a moeda brasileira recuou 10,1% em relação ao câmbio dos Estados Unidos. O levantamento foi realizado pelo economista Alex Agostini, da Austing Rating, e divulgado pelo Poder360.
No período analisado, as únicas moedas que tiveram desempenho abaixo do real foram a Nova Libra sudanesa (-21,2%), Rúpia de Seychelles (-12,5%) e o peso chileno (-11,9%).
Os câmbios de nações emergentes são afetados pelo panorama de aversão ao risco. Devido à escalada da inflação global, os países desenvolvidos realizam maiores apertos monetários — que resultam em juros maiores. Diante disso, o capital tende a ser migrado para essas nações mais ricas.
Para o levantamento, foi considerado o Ptax, o dólar divulgado pelo Banco Central — que apresenta a taxa de câmbio.
Estas foram as dez moedas que mais caíram entre 1º de junho e 1º junho:
- Nova Libra Sudanesa (Sudão): -21,2%
- Rupia Seycheles (Seychelles): -12,5%
- Peso Chile (Chile): -11,9%
- Real Brasil (Brasil): -10,1%
- Peso Colômbia (Colômbia): -9,5%
- Bolivar Soberano Venezuelano (Venezuela): -8,5%
- Tenge Cazaquistão (Cazaquistão): -7,7%
- Libra Sul Sudanesa (Sudão do Sul): -6,5%
- Tala Samoa (Samoa): -5,5%
- Dólar da Namíbia (Namíbia): -5,3%
Real também está entre as moedas que mais subiram no ano
Apesar do desempenho negativo nos últimos 30 dias, o real ainda integra a lista das moedas com maiores altas em relação ao dólar neste ano. No acumulado de 2022 até 1º de julho, o a divisa brasileira ocupa a décima colocação.
- Kwanza Angola (Angola): 29,7%
- Rublo Rússia (Rússia): 27,7%
- Afegane Afeganist (Afeganistão): 18,2%
- Dram Armenia Rep (Armênia): 17,7%
- Somoni Tadjiquistão (Tadjiquistão): 13,6%
- Peso Uruguaio (Uruguai): 13,3%
- Lari Georgia (Geórgia): 7,0%
- Som Quirguistão (Quirguistão): 6,6%
- Peso República Dominicana (República Dominicana): 5,0%
- Real Brasil (Brasil): 5,0%
Desempenho do dólar em relação ao real no primeiro semestre
Na última sessão do primeiro semestre, o dólar encerrou cotado a R$ 5,2327. Esse dia foi marcado pelo sentimento de aversão ao risco no exterior, que impactou a performance de moedas emergentes.
Ao mesmo passo, a disputa pela formação pela Ptax ocasionou volatilidade para as operações. A Ptax, usada como referência para liquidação para derivativos, encerrou em R$ 5,2374 para compra e R$ 5,2380 para venda.
Por um lado, no acumulado de junho, o dólar registrou valorização de 10,13%. Já por outro, no primeiro semestre, a moeda norte-americana teve recuo de 6,14% em relação ao real.