- Os fundos imobiliários de papel investem em recebíveis imobiliários;
- Esse tipo de fundo é negociado na bolsa de valores;
- Essas aplicações contam com pontos positivos e negativos.
O fundo imobiliário de papel, também conhecido como fundo de recebíveis, é um tipo de fundo imobiliário com foco em papéis e títulos do mercado imobiliário. Este ativo, que tem cotas negociadas na bolsa de valores, é um investimento de renda variável.
O fundo imobiliário de papel tem sido uma opção para investidores que procuram exposição ao mercado imobiliário, receber proventos e elevar o patrimônio. Neste caso, isso acontece por meio da valorização das cotas do respectivo fundo imobiliário.
O que é o fundo imobiliário de papel
De forma geral, o fundo imobiliário resulta da união de pessoas interessadas em aplicar em imóveis — sem, necessariamente, adquirir e administrar esses bens. As cotas do acionista são proporcionais à aplicação do respectivo fundo imobiliário.
No caso dos FIIs de papel, o funcionamento acontece via investimentos em recebíveis imobiliários, sejam eles aplicados em renda fixa ou diretamente voltados para o segmento imobiliário.
Os fundos de papel aplicam o patrimônio dos cotistas em instrumentos financeiros lastreados no segmento de imóveis: Estes são os principais títulos nos quais um fundo imobiliário pode aplicar:
- Letras de Crédito Imobiliário (LCIs): são emitidos por instituições financeiras ou bancos, e consistem em um crédito que eles receberão posteriormente. Isentos de Imposto de Renda para pessoa física, os LCIs são aplicações com cobertura pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
- Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI): possuem perfil de renda fixa, pois são emitidos por companhias não financeiras, com o objetivo de financiar projetos para expandir o segmento de imóveis. Contudo, há maior rentabilidade. Já o risco é parecido com uma debênture. O CRI tem um prazo mais longo de vencimento.
- Letras Hipotecárias (LHs): são títulos de renda fixa com lastro em crédito imobiliário. As LHs são emitidas por instituições financeiras que emprestam valores do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Esse título também possui cobertura do FGC.
Como funciona o fundo imobiliário de papel
Os FIIs de papel são proprietários de títulos que proporcionam direito ao recebimento de créditos imobiliários. Após a criação, o fundo imobiliário emite cotas a serem vendidas na bolsa de valores. Os compradores podem ser investidores institucionais e pessoas físicas.
Com o dinheiro obtido pela venda das cotas, existe a possibilidade de montar uma carteira de investimentos com os produtos citados anteriormente. A quantia mensal recebida dos títulos entra no caixa do fundo imobiliário.
Desse modo, o respectivo FII distribui, pelo menos, 95% do valor líquido (depois da retirada de despesas administrativas) aos cotistas no semestre.
Quando finalizam os LCIs, CRIs ou LHs, os gestores do fundo imobiliário estabelecem novas estratégias para a inclusão de novos ativos. Com isso, seria possível renovar o patrimônio do respectivo FII.
Vantagens do fundo imobiliário de papel
Uma das vantagens é o baixo risco. Devido à diversificação dos títulos que integram o FII, há menor risco e volatilidade em relação a outros investimentos de renda variável.
O baixo risco também vale ao comparar com os fundos de tijolo — pois trabalhar com títulos pode oferecer menos risco do que imóveis físicos.
Outro diferencial é a diversificação oferecida por essa aplicação. Isso porque não correlação necessário entre o FII e algum segmento de mercado.
Os fundos de papel também contam com considerável liquidez. Assim, o interessado pode comprar e vender menos ou mais cotas conforme sua necessidade.
Desvantagens do fundo imobiliário de papel
Um dos pontos negativos, dependendo do objetivo do investidor, é a perspectiva de longo prazo. Isso ocorre porque o fundo imobiliário de papel tende a oferecer estratégia de prazo maior. Desse modo, essa opção pode não ser atraente por quem deseja ganhos rápidos.
Outro fator adverso é o potencial baixo de crescimento patrimonial. Pelo fato de que não existe aplicação direta em imóveis físicos, não existe valorização patrimonial — que pode acontecer se um imóvel se valorizar dentro do mercado imobiliário.
Cabe ressaltar que esse é um dos aspectos que conta para que seja baixa a elevação patrimonial de fundos de papel. Isso também contribui para a grande taxa de distribuição de lucros. Como resultado, tende a haver pouco reinvestimento no próprio FII.