Nesta sexta-feira (17), a Petrobras anunciou novo reajuste nos preços dos combustíveis vendidos às distribuidoras. A partir de 18 de junho, o valor da gasolina aumentou 5,18%. Já o preço do diesel elevou 14,26%.
O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras subiu de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. O último reajuste no valor da gasolina tinha sido em 11 de março.
Já o preço médio do diesel aumentou de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O valor do diesel não sofria aumento desde 10 de maio.
Os valores do gás liquefeito de petróleo (GLP) não foram elevados pela Petrobras nesse reajuste recente.
Cabe ressaltar que o preço final dos valores dos combustíveis nos postos ainda depende de impostos e da margem de lucro de distribuidores e revendedores.
Na véspera, o reajuste foi tópico de discussão extraordinária do Conselho de Administração da Petrobras. Segundo blog do Valdo Cruz, do g1, durante a conversa, os conselheiros ligados ao governo buscaram convencer a estatal a segurar a alta.
No entanto, a diretoria citou o tom das conversas feitas com o governo nos últimos dias — quando a equipe do presidente Jair Bolsonaro não aceitou oferecer um subsídio para a companhia e para importadores privados trazerem o diesel mais caro no exterior e vender no Brasil por um valor menor.
Justificativa da Petrobras para reajuste nos combustíveis
Em nota, a Petrobras informa ser “sensível ao momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando e compreende os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos”.
Diante disso, a estatal alega que vem buscando equilibrar seus preços com o mercado mundial. Isso mas sem repassar imediatamente para os valores internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio.
Contudo, a empresa afirma que quando existe uma alteração estrutural no nível de preços globais, é necessário procurar a convergência com os valores de mercado.
“É esse equilíbrio com o mercado global que naturalmente resulta na continuidade do suprimento do mercado brasileiro, sem riscos de desabastecimento, pelos diversos atores: importadores, distribuidores e outros produtores, além da própria Petrobras”, argumenta a estatal.