Supermercado possibilita pagamentos feitos via reconhecimento facial; entenda a tecnologia

O pagamento por reconhecimento facial é uma das tecnologias disruptivas que mais avançam no mundo. Entre as suas vantagens está a agilidade para fazer compras, já que não é necessário portar dinheiro, cartão ou celular, e o fato de que o consumidor não precisa tocar em objetos, algo precioso em tempos de pandemia.

Uma rede de supermercados de São Paulo começou recentemente a adotar a tecnologia nos seus estabelecimentos. Agora, quem for fazer compras nas unidades Rebouças, Itaim, Brooklin, Moema Pavão e Moema Jauaperi da St Marche poderá pagar pelos produtos apenas apontando o rosto para uma máquina, que fará o reconhecimento do cliente e concluirá a compra.

Antes disso, no entanto, é necessário que o usuário faça um cadastro no app da Payface, startup que desenvolveu a tecnologia. É preciso enviar fotos do rosto e autorizar o uso de um cartão para os pagamentos.

A novidade também permite acesso a ofertas e benefícios exclusivos, como ressaltou o CEO e fundador da St Marche, Bernardo Ouro Preto, para o site FintechLab. “O pagamento com o rosto permitirá que a modernização dentro das nossas lojas vá além dos produtos oferecidos, trazendo a melhor experiência para os clientes também no momento de checkout”, comentou.

A Payface desenvolveu a sua tecnologia de reconhecimento facial dentro do programa global de inovação “Biometric Checkout”, da Mastercard. Das 1500 empresas de todo o mundo que se inscreveram no programa, apenas 15 foram selecionadas, sendo a startup brasileira a única latino-americana.

Reconhecimento facial é seguro? Como fica a privacidade?

O reconhecimento facial já é realidade em diversos lugares do mundo. Na China, por exemplo, ele já é usado em larga escala em estabelecimentos comerciais, como lojas, restaurantes e supermercados. E, desde 2020, os passageiros do metrô de Moscou podem embarcar apenas apontando o rosto para um máquina nos guichês.

Mas se a tecnologia impressiona pela comodidade na hora de pagar por bens e serviços, por outro lado, ela também levanta o temor de que possa ser usada para violar a privacidade e aumentar a vigilância sobre as pessoas.

Especialistas em segurança cibernética explicam que, para diminuir esses riscos, é essencial que as empresas e órgãos públicos que usam o reconhecimento facial sejam claros sobre o funcionamento da tecnologia. É preciso garantir que as informações dos usuários, incluindo a imagem dos seus rostos, não sejam usadas para qualquer finalidade, além daquelas autorizadas no cadastramento.

Amaury Nogueira
Nascido em Manga, norte de Minas Gerais, mora em Belo Horizonte há quase 10 anos. É graduando em Letras - Bacharelado em Edição, pela UFMG. Trabalha há três anos como redator e possui experiência com SEO, revisão e edição de texto. Nas horas vagas, escreve, desenha e pratica outras artes.
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