Na última sexta, 3, a Justiça da Bahia proibiu a cidade de Teolândia de efetuar repasses para empresas e artistas contratados para XVI Festa da Banana, que seria realizada entre os dias 4 e 13 de junho.
De acordo com o Ministério Público, a festa teria um custo superior a R$2 milhões, montante 40% superior ao que foi investido na saúde em todo ano passado. Do total, R$704 mil, seriam apenas para pagar o cachê do cantor Gusttavo Lima, que faria seu show ontem, 5.
O municio foi um dos locais que sofreram com as fortes chuvas que caíram no estado da Bahia e que recebeu cerca de R$2,3 milhões do Governo Federal para lidar com os prejuízos decorrentes deste fato.
“Não se mostra possível que o mesmo município que informou necessitar de ajuda e recursos para salvaguardar a sua população de catástrofe natural, mesmo vivenciando um estado de calamidade televisionado para o Brasil inteiro, anuncie, em poucos meses, a contratação de artistas com cachês incompatíveis com as dimensões, arrecadações, necessidades de primeira monta e saúde financeira do município”, disse a promotora Cássia Pires Bezerra Cavalcanti.
A festa contaria ainda com shows realizados por outros artistas com cachês acima de R$100 mil: Unha Pintada (R$ 170 mil), Adelmário Coelho (R$ 120 mil), Marcynho Sensação (R$ 110 mil) e Kevy Jonny e Banda (R$ 100 mil).
Se o município não obedecer a decisão da juíza Luana Paladino, será aplicada uma multa relativa ao dobro do valor do contrato.
Foi determinado ainda que a Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) suspenda de forma imediata o fornecimento de energia elétrica aos locais onde a festa seria realizada, e que todo o equipamento sonoro para os shows seja lacrado.
Gusttavo Lima e seus shows cancelados
Mais um show do cantor sertanejo Gusttavo Lima se tornou alvo de investigação. Desta vez foi o Ministério Público do Rio de Janeiro que abriu um inquérito para averiguar possíveis irregularidades na contratação do cantor para um show no município de Magé por R$1 milhão.
De acordo com o Ministério Público através de uma nota remetida ao jornal Folha de São Paulo, a decisão por abrir um inquérito foi oriunda de denúncias. A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Magé é quem ficará encarregada da investigação.