Atualmente, a economia global vem enfrentando algumas dificuldades. Diante deste cenário, as previsões de crescimento mundial para este ano têm diminuído. Como consequência dessa crise econômica, o mundo pode entrar em recessão em breve.
Segundo apurado pelo Valor, hoje, pelos menos quatro problemas afetam a economia mundial — enquanto ela retoma da pandemia de coronavírus:
- As previsões de crescimento da China foram afetadas pelo surto da variante ômicron da covid-19;
- O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) corre o risco de tornar uma forte expansão da economia americana em colapso;
- As famílias da Europa passam por uma crise no custo de vida;
- Cenário pior em diversos países emergentes.
De acordo com o economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIf, na sigla em inglês), Robin Brooks, no momento, o mundo vem enfrentado outra ameaça de recessão. No entanto, ele destaca que “desta vez acreditamos que ela é real”.
As previsões de crescimento financeiro mundial para este ano vêm piorando. Em abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimava que o crescimento anual para 2022 seria de 3,6%. Esse número leva em conta tanto a retomada no segundo semestre de 2021 quanto as estimativas para este ano.
No entanto, quando o Fundo analisa o crescimento previsto ao longo deste ano, a previsão já diminuiu sua perspectiva de 4,5% em outubro do ano passado, para 2,5% em abril.
Crise econômica mundial pode acentuar no próximo ano
Nos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que a entidade seguirá aumentando as taxas de juros até observar evidências de que a inflação está voltando para a meta de 2%.
Já na Europa, as novas estimativas da Comissão Europeia indicam uma forte diminuição na previsão de crescimento e aumento da perspectiva de inflação. Estes pontos implicam, no segundo semestre deste ano, estagflação.
O economista-global da consultoria Oxford Economics, Innes McFee, alega que existe poucas dúvidas de que a expansão econômica mundial está próxima de um pico, e vem desacelerando. Segundo ele, as autoridades precisarão calcular o nível de aperto que será preciso.
Contudo, o economista afirma que, por enquanto, ainda é improvável uma recessão. Isso porque as autoridades ainda têm ferramentas para recuar — e estimular caso piorarem as coisas.
McFee acredita que os riscos de recessão sobem no próximo ano, mas não são tão altas neste momento.