O presidente da República, Jair Bolsonaro, tenta dar mais um passo rumo à reeleição no pleito eleitoral de 2022. A estratégia de campanha da vez consiste no congelamento no preço dos combustíveis e gás de cozinha.
Para ele, os produtos que, ultimamente, têm sido os vilões devido a altas constantes nos preços, poderão ser os responsáveis por fazê-lo perder a reeleição. Devido a esta crença, ele deseja o congelamento no preço dos combustíveis e gás de cozinha até outubro deste ano, quando ocorrem as eleições de 2022.
Outra investida recente neste mesmo sentido foi a nova troca da presidência da Petrobras. Após somente 40 dias no cargo, José Mauro Ferreira foi dispensado do cargo. Ele foi o terceiro presidente da estatal desde o início do governo Bolsonaro, logo atrás de Castello Brancoo e Joaquim Silva e Luna.
Agora, quem poderá tomar a frente da empresa é Caio Mário Paes de Andrade, auxiliar administrativo e secretário de Desburocratização do Ministério da Economia. No entanto, a indicação ao cargo ainda deve ser aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras.
A troca de presidência também foi influenciada pelo pulso fraco de Coelho por não ter conseguido controlar os reajustes no diesel. Esta é uma das grandes preocupações de Bolsonaro, especialmente quanto ao impacto no preço deste combustível sobre os caminhoneiros, grupo de apoiadores do presidente, mas que se mostra nitidamente insatisfeito.
Segundo informações obtidas através de pesquisas internas feitas pelo próprio Governo Federal, a população brasileira tende a responsabilizar o presidente da República pelos reajustes em insumos como o diesel, gasolina, álcool, etc. Este é mais um ponto que justifica a intenção de Bolsonaro em fixar o congelamento no preço dos combustíveis e gás de cozinha pelos próximos meses.
Por isso, desde a indicação de Adolfo Sachsida para o Ministério de Minas e Energia, Bolsonaro se empenha na cobrança de medidas que dêm resultados efetivos.
O plano do Governo Federal é prorrogar o período em que a Petrobras repassa os valores do petróleo importado para o preço dos combustíveis nas bombas. Mas antes, será preciso aprovar o nome do novo indicado na Assembleia de Acionistas, que ainda não foi agendada.