Devido à alta no preço dos combustíveis que, inclusive, resultou em uma greve iniciada pelos caminhoneiros após reajustes no diesel, o Governo Federal tem se empenhado em mudanças para baratear os combustíveis.
Neste sentido, uma lista de possibilidades foi criada pelo governo de Jair Bolsonaro que, por ora, se concentrou em obter êxito na causa visando o apoio dos eleitores à reeleição à presidência.
As mudanças para baratear os combustíveis incluem o corte no imposto incidente sobre a importação do biodiesel, além de alterar a composição dos combustíveis comercializados na bomba. Estima-se que, algumas dessas medidas sejam adotadas pelo próprio Executivo sem a necessidade de submeter o tema à aprovação do Congresso Nacional.
A estratégia é considerada essencial neste momento em que Bolsonaro continua em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. Em primeiro lugar, segue o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. No levantamento feito pelo Datafolha em março, observou-se que 68% dos eleitores atribuem a culpa pela alta dos combustíveis a Bolsonaro.
Preocupado com a reprovação que pode tirá-lo do Palácio do Planalto a partir do ano que vem, Bolsonaro tomou mais uma decisão drástica, a de retirar Bento Albuquerque do corpo de ministros que compõem o seu governo. Albuquerque foi exonerado do comando do Ministério de Minas e Energia após a Petrobras anunciar mais um reajuste no preço do diesel na semana passada.
Agora, a pasta está sob a chefia de Adolfo Sachsida, visto como um dos aliados mais fiéis a Bolsonaro. No geral, vários membros do governo estavam na expectativa de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pudesse tomar alguma atitude capaz de editar a política de preços da Petrobras através das investigações em andamento no órgão.
Porém, o superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto, afirmou que a autarquia não fará nenhuma interferência neste sentido. “O Cade não tem competência para disciplinar a política de preços da Petrobras e não pode determinar a ela ou a qualquer empresa que pratique preço A ou B”, ponderou.
No mais, o governo continua estudando outras vias de atuação para baratear os combustíveis. Uma das propostas, conforme mencionado, é a redução do imposto sobre importação de biodiesel, tornando o abastecimento deste tipo de combustível mais acessível no Brasil.
Destacando também, que este corte seria capaz de facilitar o ingresso deste combustível vindo da Argentina, embora enfrente resistência dos produtos brasileiros.