Governo Federal está enfurecido e vai à Justiça contra estados; confira o motivo

Na última quinta-feira (12), o governo federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), solicitou, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão de políticas estaduais sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o diesel.

Governo Federal está enfurecido e vai à Justiça contra estados; confira o motivo
Governo Federal está enfurecido e vai à Justiça contra estados; confira o motivo (Imagem: Montagem/FDR)

Em março, o presidente Jair Bolsonaro sancionou um projeto que estabelece uma taxa única para o ICMS do diesel.

Antes dessa lei ser sancionada, a cobrança do imposto era realizada sobre o percentual sobre o preço. Cada estado possuía autonomia para definir o próprio percentual. Sendo assim, atualmente, todos os estados precisam adotar um preço fixo.

Os secretários estaduais de Fazenda, em março, estabeleceram um valor único do imposto a ser cobrado nos combustíveis, mas possibilitaram descontos. Na ocasião, eles fixaram o preço de R$ 1,006 por litro de óleo diesel S10.

No entanto, o governo federal entende que esse valor ficou acima do que era cobrado anteriormente. Desse modo, existe a compreensão de que os estados poderiam burlar a lei.

De acordo com a ação, existe “persistência da prática de alíquotas assimétricas”. O governo alega que isso “onera significativamente os contribuintes, que já se encontram pesadamente impactados pela variação drástica do preço dos combustíveis na atual conjuntura”.

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Ministro atende pedido do governo federal

Nesta sexta-feira (13), o ministro do STF, André Mendonça, suspendeu todas as políticas estaduais sobre o ICMS incidente sobre o óleo diesel. A decisão cautelar (de urgência) atende à solicitação do governo federal.

De acordo com Mendonça, é necessária a suspensão para se tentar construir um consenso sobre a questão. O ministro também alegou que as autoridades sobre mobilizaram para buscar resolver o impasse que envolve as políticas.

Na decisão, Mendonça abriu prazo de cinco dias para que a Câmara, Senado e Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) se manifestem sobre a questão. Após isso, o Procuradoria-Geral da República (PGR) e AGU terão prazo similar.

Depois da decisão do ministro, o Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados e Distrito Federal (Comsefaz) recorrerá da medida. A informação foi revelada pelo presidente da entidade, Décio Padilha, secretário da Fazenda de Pernambuco.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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