Estelionatário acumulou dívidas de R$ 38 mil no cartão da namorada. O golpista fingiu ser agente da Polícia Internacional para conquistar a confiança da vítima.
Bruno Miguel Ventura Pereira Fontes, é português e iniciou contato com Fernanda Oliveira por meio das redes sociais onde se apresentava em vídeo com distintivo no peito, fingindo ser agente da Polícia Internacional.
A brasileira conheceu o golpista em maio de 2019 e após um mês de relacionamento o casal marcou o casamento. Fernanda chegou até mesmo a comprar seu vestido de noiva e distribuiu os convites da cerimônia, mas o casamento não aconteceu.
Após conquistar a confiança da vítima, estelionatário aplica golpe
Com nove meses de relacionamento fazendo de tudo para não levantar suspeitas e tendo conquistado a confiança de Fernanda e sua família, Bruno Fontes colocou em prática a segunda parte do seu plano, tirando dinheiro de Fernanda, usando de mentiras para pedir dinheiro emprestado.
Afirmando estar em apuros, o estelionatário pediu os cartões de crédito tanto da sua então namorada, como de sua família que também confiava no golpista que após conseguir os cartões, desapareceu. Em entrevista ao Balanço Geral, da Record, Fernanda Oliveira lamenta o prejuízo de seus familiares. “Antes quando eu emprestei para ele o meu [a dívida] era de R$ 1.500 e hoje tá em R$ 8.000. Da minha mãe foi emprestado R$ 6.000 e a dívida já está em R$ 30.000. O golpe a gente até consegue resolver, o problema é a gente ver minha família passar necessidade” conta Fernanda que completa pedindo que o criminoso pague o que deve.
A delegada Jaqueline Valadares explica que os chamados “estelionatários do amor” costumam encontrar as vítimas nas redes sociais e que escolhem vítimas que costumam compartilhar informações sobre gostos e rotinas. A delegada ainda faz o alerta quanto aos sinais que indicam um possível golpe, “quando solicita dinheiro emprestado muitas vezes é com alguma desculpa de que ele está com o dinheiro bloqueado por algum problema na justiça ou precisa pagar um imposto e que é algo temporário”, conta a delegada ao Balanço Geral.
As vítimas de estelionato têm até seis meses para recorrer à justiça por meio do boletim de ocorrência e pedir a representação criminal para que sejam iniciadas as investigações.