Com preços altíssimos, confira quais são os produtos que mais pesam no bolso

Os brasileiros estão sentindo cada vez mais o peso da inflação. Nos últimos doze meses, a inflação acumulada atingiu os 11,3%, o maior patamar desde outubro de 2003. Saiba logo abaixo os produtos que mais estão pesando no bolso dos consumidores.

A cenoura foi o alimento que mais encareceu em 2022 até o momento, ficando 160% mais cara. Em alguma regiões, o quilo chegou a custar R$15. No último mês, a alta foi de 31,4%.

Comer repolho também está ficando mais caro, já que o alimento aumentou 72% no acumulado do ano. De fevereiro para março, o aumento nos preços foi de 26%.

O leite também está entre os vilões do orçamento dos brasileiros. O alimento subiu 11% somente em 2022. Apenas no mês passado, os preços dispararam 9,34%.

A Petrobras anunciou em março, no último reajuste de preços, um aumento de 18,8% para a gasolina comum nas refinarias. Já o diesel teve um reajuste de 24,9% e o gás de cozinha, 16%.

Para este ano, é esperado um reajuste de até 16,3% nos planos de saúde individuais, de acordo com a Federação Nacional de Saúde Suplementar. Se este percentual se tornar realidade, será o maior da história.

Mercado representa mais de um terço dos gastos da população de baixa renda

Oa gastos com supermercado estão cada vez mais pesando no bolso dos brasileiros. Cerca de um terço (36%) do consumo das classes C e D, são destinados as despesas com mercado. Na segunda colocação de gastos aparecem os restaurantes, que consomem 11% da renda.

Desta forma, quase 50% das despesas destas classes sociais são destinadas à alimentação e, em uma escala menor, com itens de higiene pessoal e limpeza.

Os dados foram levantados pelo Superdigital, do Santander e obtidos pela Folha. O ponto de partida do levantamento foi o banco de dados da Superdigital, que possui 700 mil usuários ativos em todo o Brasil e que fazem compras mensalmente com cartão de crédito ou débito. Essas pessoas tem emprego formal em regime CLT ou são trabalhadores temporários.

O levantamento vem para confirmar como a inflação dos alimentos está deteriorando a renda da população mais pobre. No mês passado, o impacto mais intenso do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) foi oriundo do segmento de alimentação e bebidas (0,97%), que acelerou frente a dezembro (0,35%).

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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