Governo Federal destina R$ 26 milhões em kits de robótica para escolas que estão sem água

Ministério da Educação é novamente acusado de dobra sua folha de pagamentos. Nessa semana, uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, relevou que o poder público gastou cerca de R$ 26 milhões na aquisição dos kits de robótica. Foram comprados computadores e demais eletrônicos para os alunos da rede pública de Alagoas, porém há indícios de desvio de verba. Entenda.

Nas últimas semanas estão saindo notícias recorrentes sobre possíveis fraudes no Ministério da Educação. A última descoberta foi o uso de R$ 26 milhões para a compra de kits de robótica destinados para as escolas de Alagoas. Cada kit teria sido adquirido por R$ 14 mil, valor acima da média praticada no mercado.

Ligação política com Bolsonaro

Outro ponto que chamou atenção no caso é que os municípios contratados tem contratos com uma empresa que pertence a aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira, que é de Alagoas. Braço direito de Bolsonaro, Lira está sendo acusado de usar indevidamente a quantia dentro do que se intitulou como “orçamento secreto”.

Ainda de acordo com a reportagem, a liberação desses valores foi aprovada no calar da noite, sem que pudesse haver fiscalização na folha orçamentária. O dinheiro tinha sido reservado entre agosto e dezembro de 2021, mas depositado apenas entre fevereiro e março desse ano.

O total registrado na folha do repasse, no entanto, tinha sido R$ 2,4 milhões. A empresa Megalic, fornecedora dos kits, está em nome de Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD). O vereador e seu pai são próximos de Lira.

Resposta do MEC

Questionado sobre a situação, o Ministério da Educação informou que não deveria comentar o caso. Já Arthur Lira negou o envolvimento, afirmando não ter ciência da contratação em nome da sua empresa.

Além disso, o líder da Câmara negou ter pedido a aceleração da liberação dos recursos, alegando que os processos seguem critérios técnicos do FNDE. Por fim, ele negou ainda ligação com a empresa.

Já o vereador filho do sócio da Megalic, respondeu a acusação afirmando que não tem nenhuma relação com os negócios do pai e que não negociou com Lira. Em nota oficial, a empresa informou que tem atuação exclusivamente comercial, e não política.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.