Luz no fim do túnel: confira dicas valiosas para limpar nome sujo

Pontos-chave
  • Os consumidores inadimplentes podem consultar, liquidar ou parcelar dívidas;
  • Mesmo com a dívida prescrita, o consumidor segue devendo;
  • Brasileiros devem se atentar às tentativas de fraudes.

A inadimplência é um problema enfrentado por milhões de brasileiros. Apesar de ser uma dificuldade comum, muitas pessoas não sabem como retirar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) em dados de restrição ao crédito. Entenda como limpar nome sujo, segundo informações da Agência Brasil e g1.

Luz no fim do túnel: confira dicas valiosas para limpar nome sujo
Luz no fim do túnel: confira dicas valiosas para limpar nome sujo (Imagem: Montagem/FDR)

Para quem tem o CPF negativado, possui mais dificuldade financeira para realizar compras a prazo, obter empréstimos junto a bancos, realizar financiamentos e ter cartão de crédito, por exemplo.

Geralmente, antes de ter o nome sujo, o consumidor recebe um comunicado do banco ou loja. Essa empresa também avisa sobre a dívida para órgãos de proteção ao crédito — como SPC e Serasa.

Essas entidades também tendem a enviar uma correspondência ao consumidor, comunicando sobre a possível inclusão do nome no cadastro de inadimplentes, na hipótese de não pagamento da dívida.

Para descobrir se o nome está negativado, a pessoa deve consultar o cadastro de órgãos especializadas neste serviço — que registra a inadimplência dos brasileiros.

A gerente da Serasa, Aline Maciel, explica que na hora em que alguma companhia for conceder crédito, ela consulta o CPF e apura o histórico do consumidor nos últimos cinco anos.

Consequentemente, quanto mais dívidas a pessoa tiver no histórico, ela é classificada como pior pagadora — e conseguirá menos crédito.

As empresas contratantes do serviço podem consultar qualquer CPF. Já os consumidores podem verificar somente as respectivas situações nas plataformas disponíveis.

Como descobrir e limpar nome sujo

Para descobrir se está com o CPF negativado, o consumidor deve efetuar um registro em órgãos de proteção ao crédito. Nesse cadastro, o cidadão precisa informar o nome completo e a data de nascimento. Assim, será criado um login e senha do consumidor.

De forma gratuita, há a possiblidade de consultar a condição de acesso a crédito na Serasa e no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que é administrado pela Boa Vista. No caso do SPC Brasil, o serviço é pago.

Ao acessar a respectiva plataforma, o consumidor constata se é considerado bom ou mau pagador. Com a intermediação da empresa de consulta de crédito, a pessoa ainda consegue negociar a dívida na plataforma.

O tempo para ser negativado varia conforme o estado. Em são Paulo, por exemplo, esse período é de 20 dias. Porém, em outras localidades, existe um prazo menor, de dez dias.

Os consumidores poderão consultar, liquidar ou parcelar as dívidas. Por exemplo, a Serasa, possui um cadastro com quase 65 milhões de CPFs inadimplentes. Ao todo, a plataforma conta com mais de 200 milhões de dívidas.

Os brasileiros com nome sujo podem resolver a situação sem precisar sair de casa
Os brasileiros com nome sujo podem resolver a situação sem precisar sair de casa (Imagem: Montagem/FDR)

Prescrição da dívida

O nome, do cadastro de restrição ao crédito, é excluído após o fim do prazo para prescrição da dívida. Segundo Aline Maciel, a prescrição da negativação do CPF se refere ao nome constar no cadastro.

O prazo varia conforme o tipo de dívida. Estes são os períodos de prescrição para as principais dívidas das pessoas:

  • 5 anos: impostos como IPVA, IPTU e Imposto de Renda; constas de água, telefone e luz; multas de trânsito; cartão de crédito; consórcio, plano de saúde e mensalidade escolar.
  • 3 anos: aluguéis de imóveis, letras de câmbio, notas promissórias, entre outros.

Quando a dívida é prescrita, o consumidor não pode ser mais cobrado. Esse cidadão pode solicitar a exclusão de seu CPF do cadastro de restrição ao crédito.

De qualquer forma, a gerente explica que, mesmo que a dívida não restrinja mais o crédito do consumidor, ele continua devendo.

Por exemplo, no cadastro doa Serasa, a pessoa pode consultar e negociar essas dívidas — mesmo que tenha saído da restrição de crédito.

Consumidores devem se atentar a riscos de fraudes

A gerente ainda alerta sobre os riscos de fraude. Existem criminosos que enviam boletos falsos para negociação de dívidas. Esses fraudadores acionam consumidores pelo WhatsApp e oferecem uma condição muito baixa. Com isso, as vítimas acabam pagando boletos fraudulentos.

Para evitar esse problema, Aline Maciel recomenda que o cidadão observe o boleto — para confirmar se ele é verdadeiro. Ela também orienta que sejam buscadas as plataformas ou empresas onde a dívida foi contraída, para verificar a oferta de negociação.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.