Valores esquecidos: mais de 3 milhões de contas têm mais de R$ 100 a receber; saiba como consultar

Pontos-chave
  • Consulta e resgate dos valores esquecidos estão disponíveis para novos grupos;
  • Portal de consulta será reestruturado em breve;
  • Resgates podem ser concluídos via PIX.

A divulgação em massa dos valores esquecidos do Banco Central (BC) gerou grandes expectativas em milhares de brasileiros. Contudo, muitos deles foram negativamente surpreendidos por quantias inferiores a R$ 1, valor que compõe cerca de 43% da distribuição total. 

Valores esquecidos: mais de 3 milhões de contas têm mais de R$ 100 a receber; saiba como consultar
Valores esquecidos: mais de 3 milhões de contas têm mais de R$ 100 a receber; saiba como consultar. (Imagem: Montagem/FDR)

Mas nem tudo foi por água abaixo, por ainda existirem valores esquecidos consideráveis a serem recebidos. Cerca de 3,2 milhões de brasileiros podem receber, em média, R$ 100 ou mais. Na situação de esquecidos superiores a R$ 100 mil, 1.370 casos compõem este grupo. 

No último cenário o valor distribuído aos titulares chega a R$ 298,4 milhões segundo um boletim divulgado pelo Banco Central na última quarta-feira, 30. É importante explicar que a quantia final que cada brasileiro poderá receber, pode ou não estar vinculada a mais de uma conta bancária que já não é movimentada há tempos. 

Normalmente isso acontece quando o mesmo CPF está vinculado a mais de um valor a receber. Por esta razão, o total disposto na tabela do BC, que é de 32,7 milhões, é maior do que o número de pessoas físicas beneficiadas, 27,5 milhões. 

Consultas e agendamentos

Uma nova rodada de resgate dos valores esquecidos começou na última segunda-feira, 28, e irá vigorar até o dia 16 de abril. É importante estar ciente de que, os agendamentos neste intervalo ocorrem escalonadamente. Ou seja, com base na data de nascimento ou na data de abertura da pessoa jurídica. 

O Banco Central destacou que, após o dia 17 de abril, o sistema Valores a Receber será submetido a uma atualização. Portanto, a próxima fase de consultas deve acontecer somente do dia 2 de maio em diante. Porém, não será mais necessário agendar o resgate. 

Em breve o sistema irá disponibilizar facilmente todos os dados encaminhados pelas instituições financeiras. Desta forma, mesmo que já retirou os valores esquecidos ou que não tinha nenhuma quantia a receber na primeira etapa, terá a chance de fazer uma nova consulta. 

Quem tem direito aos valores esquecidos?

Na etapa atual, os valores esquecidos podem ser resgatados por pessoas que possuem saldos referentes aos seguintes serviços:

Consulta e retirada dos valores esquecidos

Confira detalhadamente o passo a passo para a retirada de valores a seguir:

Conta especial no Gov.br

Vale destacar que o resgate requer a execução de um passo a passo específico através do portal Gov.br. A conta do Governo Federal viabiliza o acesso a portais secundários como o Meu INSS, a Carteira de Trabalho Digital, a Receita Federal, Justiça Federal, entre tantos outros. 

Segundo as instruções do Banco Central, quem tiver ‘dinheiro esquecido’ nos bancos deve acessar a respectiva conta do Gov.br através do nível de segurança “prata” ou “ouro”. Somente então será possível solicitar o resgate dos recursos, uma vez que este formato de conta oferece mais segurança. 

As contas do Gov.br são distribuídas em três níveis de segurança, entre bronze, prata e ouro. Logo, o resgate de ‘dinheiro esquecido’ é um serviço exclusivo das modalidades prata e ouro, os níveis mais elevados. Assim, quanto maior a segurança de validação dos dados do usuário em bases da Justiça Eleitoral ou certificado digital, por exemplo, maior também será o nível da conta.

Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
Sair da versão mobile