Com novo reajuste dos remédios, confira dicas para economizar na hora de comprá-los

Pontos-chave
  • Remédios estão ainda mais caros no país
  • Programa Farmácia Popular é uma forma de economizar
  • Dê preferência aos genéricos

Os medicamentos estão mais caros no Brasil por conta do último reajuste de 10,89% nos preços. Como os remédios nunca foram baratos e agora estão ainda mais caros, a Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) juntamente com a indústria farmacêutica prepararam algumas dicas para economizar. 

As primeiras dicas dadas são recorrer ao Programa Farmácia Popular, pesquisar bem os preços e dar preferências aos medicamentos genéricos ante os de marca.

Todos os anos, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (Cmed) revela uma lista com os valores máximos dos medicamentos nas indústrias e no varejo. A base para o cálculo de atualização dos valores considera a inflação acumulada em 12 meses até fevereiro e os custos específicos da indústria farmacêutica, como matéria-prima, câmbio e energia.

As fábricas e farmácias já estão se preparando para aumentar os preços dos medicamentos até o limite permitido pelo governo.

De acordo com fontes ligadas a indústria farmacêutica ouvidas pela Folha, o novo valor máximo só entrará em vigor no meio deste mês. Mesmo assim, medicamentos que eram vendidos abaixo do limite atual já podem ser reajustados, antecipando uma parte da elevação. 

A Cmed aprovava, em anos anteriores, três níveis de reajuste, segundo o tipo de medicamento e a competitividade das marcas disponíveis no mercado. Neste ano, não terá distinção, sendo assim, mesmo no caso dos medicamentos mais caros eles poderão ter o preço reajustado em até 10,89%, resultando em um impacto mais intenso para os consumidores do país.

Dicas para economizar com medicamentos 

Confira as dicas preparadas pela Proteste e pelo Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos):

  • Farmácia Popular 

Pesquise se o remédio que precisa está incluso no Programa Farmácia Popular. Pacientes com hipertensão, diabetes ou asma, podem conseguir os medicamentos gratuitamente nas redes credenciadas do programa. 

Os locais do programa costumam estar sinalizados para serem identificados facilmente  pelos usuários. 

Também são oferecidos pelo programa outros remédios com até 90% de desconto nos preços. Para aproveitar é só comparecer a uma farmácia credenciada, apresentar a identidade e a receita, que não precisa ser de um médico do SUS (Sistema Único de Saúde) Até 2017, o Farmácia Popular possuía uma rede própria. Agora, o programa funciona apenas em parceria com redes privadas, que vendem medicamentos subsidiados.

  • Faça pesquisa 

Quando precisar de um remédio pesquise bem em várias redes de farmácias e drogarias. É possível que alguma delas cubra os valores de outros locais. Uma outra ferramenta útil é utilizar os comparadores de preços, que mostram os locais que estão praticando melhores preços.

  • Programas de fidelidade 

Muitas farmácias aceitam os programas de fidelidade dos laboratórios e os descontos podem chegar a 70%, de acordo com a Proteste.

  • Desconto para a profissão ou por plano de saúde

Caso você seja vinculado a um sindicato ou associação de classe profissional, confira se existe uma parceria com alguma rede, o que também pode dar uma aliviada nos preços. Diversos estabelecimentos ainda dão descontos a usuários de alguns planos de saúde.

  • Prefira os genéricos 

Solicite ao seu médico que ele prescreva o medicamento pelo nome do princípio ativo, e não pelo nome comercial, para que seja possível escolher o genérico, que sempre é mais barato. Vale a pena também comparar os valores do mesmo genérico de diferentes laboratórios.

Planos de saúde e serviços financeiros lideram reclamações

Uma pesquisa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) mostrou que problemas ligados aos planos de saúde aumentaram novamente e começaram a ocupar o primeiro lugar no ranking de reclamações e atendimentos em 2021.

Considerando todas as reclamações registradas pelo instituto, cerca de um terço delas, 24,9%, são referentes a planos de saúde. Logo depois, aparecem os serviços financeiros (21,5%), demais serviços (11,9%), problemas com produtos (8,7%) e telecomunicações (8%).

A maior reclamação a respeito dos planos de saúde são referentes aos reajustes abusivos, com 27,4% do total. Grande parte delas eram sobre planos de saúde coletivos, que não são regulados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Outra reclamação é referente a negativas de cobertura pelos planos, com 16,2%.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.