As fintechs, empresas de base tecnológica que oferecem soluções financeiras, surgiram e surgem para revolucionar o mercado financeiro. Melhorias na experiência do usuário, digitalziação, menores custos e menos burocracia são princípios básicos que empresas como Nubank, Banco Inter, Rico e Guia Bolso carregam.
Porém, a revolução ainda não chegou na questão de igualdade de gênero. Um estudo feito pela Fincatch mostra que nas mais de 1.500 fintechs brasileiras apenas 7,7% dos sócios e fundadores são mulheres.
O estudo também faz um levantamento de mulheres founders por categorias de fintechs: Dívidas (26,67%), Cartões (20%), Tecnologia (19,05%), Finanças Pessoais (16,13%), Contas Digitais (11,11%), Meios de Pagamento (8,79%), Criptomoedas (6,78%), Crowdfunding (6,25%), Crédito (6,06%), Risco e Compliance (4,76%), Gestão Empresarial (4,42%), Fidelização (4,28%), Seguros (3,23%), Investimentos (3,17%) e Câmbio (2,50%).
Outro ponto interessante levantado foi considerando o estado sede das fintechs. Neste caso, apenas 9 estados brasileiros possuem mulheres sócias ou fundadoras: Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Por fim, o estudo faz uma análise considerando o porte das fintechs, a partir do número de colaboradores. Considerando todas as fintechs, a grande maioria está concentrada no número de 2 a 200 funcionários (89,91%). Considerando fintechs fundadas por mulheres, a proproção fica semelhante (89,8%).
Fintechs nichadas
Outra característica interessante do universo fintech é a questão das soluções nichadas. Existem, por exemplo, soluções voltadas para empreendores, crianças, pretos e, claro, voltadas para o público feminino.
Fintechs como ElasBank e Poupay+ foram criadas pensando exclusivamente nas mulheres. Já outras fintechs, como a Nu Invest e a Accredito possuem, dentre o seu porfólio, soluções voltadas para as mulheres: crédito para empreendedoras, no primeiro caso, e educação financeira em investimentos no segundo caso.