Conheça a história de 14 mulheres que tiveram suas carreiras transformadas por startups

Pontos-chave
  • 5% das startups são fundadas apenas por mulheres.
  • Mulheres em cargo de liderança motivam outras.
  • Objetivo de muitas empresas é aumentar a liderança feminina

O protagonismo feminino nos negócios tem sido destaque em praticamente todos os segmentos. Nas startups não é diferente, muitas conseguem mudar os rumos de suas carreiras profissionais nesse novo modelo de empresas.

Conheça a história de 14 mulheres que tiveram suas carreiras transformadas por startups
Conheça a história de 14 mulheres que tiveram suas carreiras transformadas por startups (Imagem: FDR)

Mulheres em fintech de investimento

O mercado financeiro ainda é conhecido por ser predominantemente masculino, mas, as mulheres já estão se movimentando para conquistar também esse espaço.

É o caso de Denise Abramovici, Head de Marketing na Stake, plataforma de investimentos no exterior.

“São mundos, dinâmicas, processos e metodologias totalmente diferentes. O que me levou a sair de uma empresa grande para trabalhar em uma startup foi a vontade de construir coisas novas e ver o cenário mudando quase que em tempo real.  O meu momento profissional pedia mudanças rápidas”, avalia Abramovici.

Liderança antes dos 30

Gabriela Gomes iniciou sua carreira profissional no Itaú Unibanco, por lá dividiu sete anos entre as áreas de Recursos Humanos e Relações Institucionais. Foi na Tembici que se encontrou como gerente de novos negócios.

“Se a startup não crescesse, eu também não cresceria. Foi difícil convencer minha mãe, que deixar a estabilidade de um dos maiores empregadores do país, era a decisão certa a se tomar. A Tembici cresceu e eu cresci junto. Entrei aos 28 anos como coordenadora da área e logo no primeiro ano, a empresa dobrou o salário inicial”, finaliza.

Empreendedorismo antes dos 30

Mesmo estabilizadas na profissão, a engenheira de software Isabela Lauletta, de 35 anos, ex-executiva na Diebold, e a médica que atuou no SUS e no setor privado, Scarlett D’Ávila, de 30 anos, sempre tiveram o desejo de empreender; a parceria começou há dois anos atrás.

Elas deixaram suas carreiras em ascensão para criar a Onyma, startup de gestão de saúde ocupacional digital para empresas, que foi adquirida recentemente pela BenCorp. 

“A vontade de digitalizar um setor ainda muito analógico além de oferecer um atendimento de qualidade aos colaboradores das empresas nos motivou a criar a startup. Além de investir todo o nosso tempo, começamos trabalhando gratuitamente; eu atendendo pacientes e a Isabela com toda a parte de programação e tecnologia”, conta a empreendedora.

Em busca de novas oportunidades 

Maria Fernanda Napole tem 41 anos e atualmente exerce a função de Head de Gestão de Produtos na Provu, fintech especializada em meios de pagamento e crédito pessoal.

Escolheu uma fintechs pela agilidade nos processos do dia a dia e pelo desejo de fazer parte de um time mais enxuto.

“Hoje, estar na Provu, em um ambiente que fomenta a cultura de produtos, a autonomia do time e o respeito entre todas as áreas me entusiasma muito“, comenta ela.

Na área de tecnologia antes dos 18

Adriana Orlandin, 38 anos, head de produto da Vixtra, começou a sua carreira na área quando ainda estava no ensino médio; passou ainda pelo Banco Rendimento, Sertrading, entre outras empresas mais tradicionais. 

“O olhar feminino faz diferença em atividades onde a lógica predomina, mas a atenção aos detalhes e a empatia ganham destaque. A digitalização mais intensa dos últimos anos promoveu a desmistificação do setor da mesma forma que surgiram profissões mais atraentes ao público feminino; o que caminha para um futuro mais democrático do segmento. Entendo que a presença de mulheres em posições estratégicas é um movimento fundamental no equilíbrio do mercado, seja contribuindo em igualdade. Promovendo o debate por pontos de vista mais diversos ou mesmo fortalecendo a inclusão em setores ou áreas tipicamente masculinos”, comenta.

Motivada pelo desejo de impactar positivamente o mundo   

Amanda Pinto atuava como head de marketing e inovação no Grupo Mantiqueira quando decidiu fundar uma startup focada no mercado Plant Based; a NOVO foi lançada em 2019.

“Percebi que precisava de um olhar totalmente focado para esse mercado de inovação e tecnologia se eu quisesse que esse projeto seguisse adiante. Apartando as empresas, ganhamos agilidade para tomada de decisões e foco em inovação e tecnologia. E isso foi fundamental para nosso crescimento desde então”, explica Amanda.

Conheça a história de 14 mulheres que tiveram suas carreiras transformadas por startups (Imagem: FDR)
Conheça a história de 14 mulheres que tiveram suas carreiras transformadas por startups (Imagem: FDR)

Dupla jornada de trabalho

Renata Marini é head de Marketing na Sinqia, líder em softwares e inovação para o setor financeiro no Brasil.

Hoje, é mãe do Fernando de 9 meses, motivo de querer conciliar as atividades.

“As barreiras, quando impostas dentro da naturalização do machismo, contribuem para inibir o lugar de protagonista que a mulher deve ocupar em suas áreas de atuação, com as competências cabíveis. As mulheres ainda carregam a responsabilidade da dupla jornada, ou seja, são profissionais e cuidam da casa e dos filhos. Buscando também equilibrar sua vida pessoal e profissional desde cedo, as líderes compreendem a necessidade de flexibilização para resolver as questões do dia a dia, o que dá a elas vantagem na hora de enxergar respostas alternativas, modificar, contornar ou romper padrões e processos rígidos”, analisa.

Migração de ONG para plataforma de cuidados financeiros

Christianne Poppi, Head de Organização Financeira e Gerente de Produtos da N26 Brasil, sempre sentiu falta de um propósito maior, por isso migrou para ONGs como o Instituto Ayrton Senna, onde atuou por mais de sete anos.

“Sentia falta de agilidade, de construir, testar rápido, errar e iterar. Vi na N26 um alinhamento muito grande com o meu propósito, de resolver dores reais e de mudar a vida das pessoas. Foi um movimento muito grande de carreira e ter uma rede de apoio feminina foi o diferencial em todo esse processo. Afinal, é comum que mulheres em cargos de liderança e estratégicos precisem se provar a todo momento”, pontua.

Presença feminina em finanças

Sócia e diretora comercial da fintech CashU, Natalia Alexandria começou a trabalhar aos 14 anos; em 2003, ingressou no mercado financeiro. 

“Fiz duas migrações na minha vida. Toda a minha trajetória foi inspirada na minha mãe que sempre foi uma sinônimo de empoderamento feminino para mim e fui atrás em  tudo aquilo que converse com a minha história, com valores que acredito. Hoje eu posso dizer que estou onde eu sempre quis pelos meus méritos e não pelo meu gênero”, pontua Natalia. 

Mulheres na tecnologia

Thais Fischberg, Vice-Presidente de Produto da empresa de tecnologia de pagamentos, Adyen. Ela faz parte do quadro de 50% da alta liderança da companhia no Brasil composta por mulheres.

“Ao longo dos meus anos nessa indústria eu passei por momentos de extrema insegurança e precisei entender qual seria a melhor forma de atuação, que me garantiria a segurança para dar o meu melhor como profissional“, disse.

Ela ainda comentou sobre as imagens pré-concebidas de que a mulher na tecnologia está sempre associada ao design e mais distante das finanças e economia.

Mudança tem idade?

Cassia Messias, tem 52 anos e hoje é Chief Operating Officer da startup de Saúde Mental Zenklub, além de ser conselheira, investidora e mentora; segundo ela, quando se fala em liderança feminina, é preciso considerar a linha do tempo e as diferenças.

“Aos 30 anos, enquanto o homem começa a voar na carreira, a mulher tem filhos. Aos 40, ele segue crescendo e a mulher criando os filhos. Para mim foi sacrificante viver com tudo, tenho muitas cicatrizes. Hoje, com meus dois filhos criados, tenho muito mais disponibilidade para trabalhar como líder, autoconhecimento, resistência ao estresse, mas agora o mercado acha que eu sou velha”. 

Liderando um unicórnio 

Marcela Rezende tem mais de 17 anos de experiência no mercado de Marketing e Branding; atualmente na MadeiraMadeira.

“Pra mim, foi uma oportunidade de trabalhar em uma empresa que nasceu no digital, algo totalmente diferente do que eu tinha feito até agora. Depois que virei mãe, comecei a priorizar ainda mais o meu tempo e direcioná-lo para projetos com propósitos diferentes, que foi o que eu encontrei na MadeiraMadeira”, finaliza.

Para saber mais sobre vagas de emprego, vestibulares e cursos, acompanhe a editoria de Carreiras do FDR.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.