Mulheres terão salários equiparados aos dos homens só daqui 255 anos; entenda

Hoje é comemorado o dia das mulheres, mas, as lutas por igualdade, principalmente salarial, parecem longe do fim.

Oriana Gaio, mestre em Educação e Novas Tecnologia, comenta a importância da data.

8 de março é comemorado o dia da mulher, data importantíssima e que vai além dos presentes que crianças e homens costumam distribuir.

A data marca a luta feminina por diversos direitos.

E foi iniciada quando, em 1908, 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York (EUA) para exigir seus direitos.

Anos depois os direitos femininos começaram a ser reconhecidos.

Em 18 de agosto de 1920, a 19ª Emenda foi reconhecida e apenas as mulheres brancas receberam o direito de votar nos EUA.

Quarenta anos mais tarde, em 1960, ocorreu a aprovação da Lei do Direito ao Voto, permitindo a todas o direito de votar.

Igualdade de salários entre homens e mulheres

A data já se tornou tradicional, assim como a distribuição de presentes que marcam o reconhecimento da importância feminina além do ambiente familiar.

De acordo com o relatório Global Gender Gap Report do Fórum Econômico Mundial de 2020, apenas 8,4% das mulheres estão no conselho de administração das empresas no Brasil.

No país, a presença feminina em cargos políticos é de apenas 18%.

Segundo o relatório, que avalia o progresso de 153 países com relação a índices de igualdade de gênero, as diferenças de gênero só serão eliminadas em 59 anos na América Latina e no Caribe.

Especificamente sobre o Brasil, o país tem uma das maiores disparidades de gênero da região, ocupando o 22º lugar entre 25 países.

Isso porque, a participação da mulher na força de trabalho ainda é pequena e ainda há desigualdade salarial e de renda entre homens e mulheres.

No ritmo de progresso que o Brasil apresenta, a paridade salarial deve ser alcançada apenas no ano de 2277, ou seja, em 255 anos.

Para acelerar esse processo as empresas precisam fazer mudanças estruturais e nas suas políticas internas.

O foco deveria ser aumentar a participação feminina na força de trabalho assim como o número de mulheres em cargos de liderança e gestão, eliminar as lacunas no salário e remuneração.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.