Criptomoedas: Mulheres estão mais interessadas, porém número de investidores é desigual

É crescente o número de mulheres que se interessam pelas criptomoedas e também pela tecnologia blockchain, porém, ainda existe um vácuo considerável no acesso ao conhecimento quando falamos sobre estes dois termos, de acordo com um novo estudo.

O estudo realizado pela BlockFi e conduzida por terceiros em 28 de janeiro deste ano, contou com a participação de 1.031 norte-americanas identificadas como mulheres com idades entre 18 e 65 anos e revelou dados interessantes a respeito da posição das mulheres no universo cripto. 

O estudo que focou na mudança de atitude em relação às criptomoedas, mostrou que 92% das entrevistadas já ouviram falar sobre criptomoedas, com cerca de 24% delas já tendo investido em alguma delas.

Porém, 80% enxergam o tema como difícil de compreender 72% ainda acham que investimentos são arriscados. O estudo mostrou ainda que cerca de um terço das mulheres tem a intenção de adquirir criptomoedas este ano, com 60% das entrevistadas dizendo que comprariam criptomoedas nos próximos três meses.

Outro dado revelado é que, mesmo que a adoção mais ampla de criptomoedas ainda seja pequena, grande parte dos investidores de cripto está adquirindo e mantendo os ativos. Somente neste ano, o mercado de cripto já passou por grandes volatilidades.

Mesmo com este fato, a confiança das mulheres no investimento de longo prazo nas cripto não é abalável, e grande parte delas está comprando bitcoin (71%), dogecoin (42%) e ether (18%), segundo o levantamento.

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Entre as participantes, 24% delas tem criptomoedas, de acordo com a pesquisa. Entre  as que o fazem, 70% compraram o ativo e nunca o venderam, ante 55% para o mercado como um todo. Cerca de 45% das mulheres afirmaram que sabiam como comprar criptomoedas, ante cerca de 23% há seis meses.

Em 2021, um estudo mostrou que a igualdade de gênero na indústria de cripto e blockchain ainda tinha um longo caminho a seguir. Segundo o Global Gender Gap Report de abril do ano passado, do WEF, vai levar quase 135,6 anos para fechar essa vácuo de gênero, como resultado da pandemia do coronavírus.

Mas, isso não parou as mulheres que utilizaram a tecnologia blockchain e cripto para enfrentar diversos problemas sociais.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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