Bolsa de Valores: quais foram as maiores altas e baixas de fevereiro?

Em fevereiro, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta de 0,88%. Apesar disso, somente 37 das 93 ações listadas no índice encerraram o mês no positivo. Descubra quais foram as maiores altas e baixas de fevereiro.

Bolsa de Valores: quais foram as maiores altas e baixas de fevereiro?
Bolsa de Valores: quais foram as maiores altas e baixas de fevereiro? (Imagem: Montagem/FDR)

No acumulado anual até o fim de fevereiro, o Ibovespa apresentou alta de 7,84%. O segundo mês do ano foi marcado pelo fluxo do investidor estrangeiro para o Brasil e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Maiores altas de fevereiro na Bolsa de Valores

  1. SulAmérica (SULA 11): variação de 38,58%
  2. Rede D’Or (RDOR3): variação de 15,07%
  3. Carrefour (CRFB3): variação de 14,28%
  4. Vale (VALE3): variação de 14,11%
  5. Totvs (TOTS3): variação de 13,69%

Os principais aumentos possuem relação com operações de fusões e aquisições — como aconteceu com a SulAmérica e Rede D’Or. Na última quinta-feira (24), após a SulAmérica anunciar que foi comprada pela Rede D’Or, suas ações chegaram a elevar 22%.

As ações do Carrefour apresentam tendência de alta após a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2021. A companhia teve aumento nas vendas brutas e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado.

A Vale teve crescimento nas ações por conta da grande volatilidade do minério de ferro, diante das atuações do governo da China para controlar os valores. A empresa ainda registrou lucro líquido recorde no ano passado.

A Totvs também teve um balanço trimestral positivo. Nos três últimos meses do ano passado, o lucro líquido consolidado foi 30,9% acima do apresentado no mesmo período de 2020.

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Maiores baixas de fevereiro na Bolsa de Valores

  1. Qualicorp (QUAL3): variação de -30,11%
  2. BRF (BRFS3): variação de -25,17%
  3. Banco Inter (BIDI11): variação de -22,29%
  4. Via (VIAA3): variação de -19,70%
  5. Méliuz (CASH3): variação de -18,90%

Os papéis da Qualicorp foram afetados após o anúncio de aquisição da SulAmérica pela Rede D’Or. Vale destacar que a Rede D’Or também é acionista da Qualicorp — e a legislação não possibilita que administradoras de benefícios e operadoras de saúde vendam produtos sob o mesmo grupo econômico.

A BRF, em seu balanço trimestral, teve resultados que não empolgaram o mercado. Ainda existe foco em eventos corporativos. A BRF aprovou a proposta de chapa indicada pela Marfrig. Assim, a Marfrig procura exercer direitos de acionista majoritário e impactar na administração da companhia.

O Banco Inter teve uma tendência de queda após a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2021. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve uma queda de 67,1% no lucro líquido contábil.

A Via tem sido afetada pelo cenário adverso que prejudica diversas varejistas. O setor vem sendo impactado pela deterioração macroeconômica, além de incertezas.

A Méliuz registrou queda nas ações diante da conjuntura macroeconômica. O aumento de juros tende a impactar a lucratividade da companhia.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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