Desde o início do conflito na Ucrânia, diversos países anunciaram medidas em favor dos ucranianos e contra autoridades, empresas e indivíduos russos. Tais medidas partem principalmente dos Estados Unidos e da Europa.
A União Europeia, ao mesmo tempo que reforça as sanções econômicas, como as recentemente anunciadas contra Vladimir Putin, anuncia envio de armamentos e suprimentos para o lado ucraniano. No último domingo (27), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou o envio de 500 milhões de euros em armas e suprimentos não letais.
A medida só foi possível após a mudança de posição da Alemanha, que por tradição não envia armas para regiões em conflito. No sábado (26), os alemães autorizaram o envio de 1.500 lançadores de foguete anti-tanque, 500 mísseis e nove morteiros.
Outros países europeus também autorizaram, a nível nacional, o envio de armas para a Ucrânia. Entre eles estão Holanda, Bélgica, Portugal, Suécia e Finlândia. A entrega dos equipamentos deve ser feita pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Sanções
As sanções contra a Rússia foram intensificadas pelos Estados Unidos, União Europeia e outros países aliados. Elas agora miram o setor financeiro e as autoridades russas.
Alguns bancos foram excluídos do SWIFT, sistema usado para transferências bancárias em todo o mundo. Isso impactará profundamente nas exportações e importações da Rússia, que necessitam dessas transferências para serem realizadas.
Uma parte das reservas externas da Rússia, avaliadas em cerca de 600 bilhões de dólares, também deve ser bloqueada. O alcance dessa medida deve ser atenuado pelo fato de que boa parte dessas reservas foram realocadas nos últimos anos, para yuan e ouro, por exemplo.
Algumas autoridades, como o presidente russo Vladimir Putin, e o ministro das Relações Exteriores do país, Sergey Lavrov, foram sancionadas diretamente pelos EUA, Reino Unido e União Europeia.
Muitos países da Europa também fecharam seus espaços aéreos para circulação de aeronaves russas. Em retaliação, Moscou anunciou que também fecharia seu espaço aéreo para 36 nações.
Negociações começam
Cinco dias após o início do ataque russo à Ucrânia, delegações dos dois lados se encontram em Gomel, Belarus, para o início das negociações de paz. Ambos os lados dizem ter encontrado pontos em comum e concordaram em ter um novo encontro, também em Belarus, nos próximos dias.
No campo de batalha, boa parte do território ucraniano já é controlado por tropas russas e das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk. A capital do país, Kiev, está cercada em várias direções, embora os russos tenham assegurado a permanência de um corredor humanitário para refugiados ao sul.