Nesta quinta-feira, 24, o preço do barril de petróleo ultrapassou a casa dos US$ 105. A alta drástica no produto é um reflexo da guerra deflagrada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, à Ucrânia. Por consequência, o preço da gasolina tende a disparar.
Vale lembrar que esta é a primeira vez desde 2014 que o preço da commodity ultrapassa os US$ 100. A alta registrada foi de 8,44% para o barril de petróleo tipo Brent e 8,12% para o óleo tipo WTI. A disparada aconteceu após Putin iniciar uma operação militar contra o país vizinho, a Ucrânia e prometer represálias a quem decidir interferir.
A guerra entre Rússia e Ucrânia terá efeitos além das fronteiras de ambos os países, gerando até o risco de desabastecimento de energia e produtos básicos essenciais, como o trigo e metais. Estes insumos são cruciais mesmo com a crescente demanda dos produtos em virtude da reabertura das economias após fechamentos gerados pela economia da Covid-19.
Vale mencionar que o petróleo já estava em risco desde que a Rússia começou a fazer ameaças sobre um ataque à Ucrânia. O motivo para o aumento do petróleo está relacionado ao fato de que a Rússia é um dos principais produtores do insumo em todo o planeta.
Para se ter noção da relevância deste cenário, é preciso saber que, cerca de 44% do gás importado pela União Europeia vem da Rússia, bem como 25% do petróleo. Devido a este conflito, o mercado da gasolina fica cada vez mais escasso. A consequência é a necessidade de buscar pelo produto em outras partes do planeta, fator que tende a aumentar o valor do combustível.
Outros fatores que influenciam no encarecimento da gasolina são as sanções prometidas pelos Estados Unidos da América (EUA) e pela União Europeia. A instabilidade do dólar também é outro fator relevante neste cenário, tendo em vista que mesmo sendo comercializado no Brasil, a gasolina é ‘dolarizada’, seguindo a política de preços internacionais.
Em meio a este cenário, não há como deixar de lado os dois projetos em análise no Senado Federal, cujo propósito é reduzir os tributos incidentes sobre os combustíveis. Mas não para por aí, as propostas também visam criar um fundo de estabilização para evitar fortes reajustes da Petrobras.
Os textos são considerados uma alternativa a caráter de urgência na tentativa de reduzir os preços nas bombas, como o da gasolina, e assim, aliviar a pressão feita pelo Palácio do Planalto.