No ano passado, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) tiveram grande queda na Bolsa de Valores. Neste ano, a tendência negativa também vem sendo observada. Em meio a este cenário ainda conturbado, entenda o que esperar das ações da Magalu.
Por conta do início da pandemia de coronavírus, em março de 2020, a Bolsa de Valores registrou forte perda. Apesar disso, as varejistas, como a Magazine Luiza, tinham desempenho positivo.
Isso aconteceu por conta do crescimento do e-commerce. Diante do isolamento social causado pela pandemia, o comércio eletrônico teve grande adesão.
Ao Estadão, o gerente de research da Ativa Investimentos, Pedro Serra, destaca que a pandemia fez com que as pessoas se sentissem mais seguras em comprar pela internet.
O sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, Bruno Madruga, afirma ao Estadão que o Auxílio Emergencial também contribuiu para o consumo.
No entanto, em 2021, as ações devolveram quase todo o crescimento obtido no ano anterior. No entendimento de madruga, o cenário adverso aconteceu diante da piora de condições econômicas a partir do ano passado.
Em 2021, a inflação ficou acima de 10%. Por conta disso, o Banco Central passou a acelerar o aumento da taxa Selic. Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,75% ao ano. Esses fatores impactaram diretamente o consumo — e o varejo, consequentemente.
O que esperar das ações da Magalu
A Ativa tem recomendação de compra para as ações da Magalu. A indicação leva em conta que a varejista possui um histórico mais sólido — de desenvolvimento com rentabilidade e geração de caixa.
De acordo com Pedro Serra, o mercado ainda possui baixa visibilidade sobre o que acontecerá nas eleições, e também sobre outros concorrentes estrangeiros inserindo no mercado brasileiro. Ele declara que esses fatores acabam pressionando a rentabilidade de empresas do segmento varejista.
Devido a isso, o gerente de research alega que o mercado já precificou o pior cenário.
No entanto, na visão futura, há a estimativa de que a inflação enfraqueça. Assim, no médio prazo, os juros podem retomar a um nível mais confortável.
Na perspectiva de Bruno Madruga, a partir de 2023, o cenário deve ficar mais claro para as varejistas. Ele declara que a taxa Selic deve reduzir — de modo a favorecer o varejo.