Lula quer ‘abrasileirar’ preço dos combustíveis; entenda o que isso significa na prática

Lula faz novas promessas para baratear o valor dos combustíveis. Nessa quinta-feira (17), o ex-presidente informou que, se eleito a chefe de estado em 2023, irá trabalhar para “abrasileirar” o valor da gasolina. Durante entrevista à rádio Progresso, explicou os detalhes de planejamento da sua gestão. Entenda.

Há semanas Lula vem falando sobre o alto valor aplicado na comercialização dos combustíveis. Durante suas entrevistas, o candidato vem criticando severamente a gestão de Jair Bolsonaro que dolarizou as tarifas da gasolina e demais insumos derivados do petróleo.

O que significa “abrasileirar” o combustível?

A afirmação de Lula tem como objetivo dizer que não irá mais taxar o valor dos combustíveis com as variações do dólar. Ele ainda não explicou como será sua política de comercialização, mas já garantiu que trará um melhor custo benefício para a população.

“Sei que o mercado fica nervoso quando eu falo, mas vamos abrasileirar o preço da gasolina. O preço vai ser brasileiro, porque investimento é feito em real”, afirmou.

“O custo do barril do pré-sal equivale ao da Arábia Saudita. Como o Brasil é autossuficiente, não precisa seguir o preço internacional. Hoje, 432 empresas importam gasolina dos Estados Unidos em dólar. E quem paga mais caro? O povo, o caminhoneiro, o preço no custo dos alimentos”, completou o ex-presidente.

Lula desafia o governo Bolsonaro

Durante toda a sua entrevista, o petista fez críticas ao atual presidente, Jair Bolsonaro. De acordo com ele, a atual política de comercialização da gasolina tem como finalidade garantir lucro apenas aos grupos aliados ao executivo.

“Se o Brasil tivesse que importar petróleo, tudo bem que a gente está importando a preço internacional. O que esses malandros fizeram? Esses malandros estão destruindo a Petrobras, fatia por fatia. Na hora que eles privatizaram a BR [Distribuidora], apareceram nesse país 432 empresas que estão importando gasolina dos Estados Unidos, importando a preço do dólar. E aí o preço é internacional. Aí quem paga é o nosso companheiro com o carro, que tem um caminhão, são os caminheiros brasileiros, são os pobres que têm um carro”, disse Lula na entrevista desta quinta.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.