Combustíveis: Flávio Bolsonaro assina PEC vista como ‘kamikaze’ por Ministério da Economia

Novo projeto pode gerar um impacto de R$ 100 bilhões na contabilidade pública. Nessa semana, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, validou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que objetiva gerar uma redução nos impostos sobre os combustíveis. Entenda os detalhes abaixo.

Diante do alto preço no valor da gasolina, o Governo Federal parece estar buscando por alternativas para baratear o produto. O deputado Flávio Bolsonaro acaba de assinar uma PEC que tem como finalidade driblar o sistema tributário nacional.

PEC Kamikaze

O projeto vem sendo intitulado de PEC Kamikaze, uma vez em que deverá gerar um impacto de mais de R$ 100 bilhões nos cofres da União. De modo geral, o texto regulamenta uma irresponsabilidade fiscal, permitindo com que o sistema tributário seja violado.

O texto já foi apresentado para demais representantes políticos, contando com uma quantidade de assinaturas o suficiente para ser analisado no Senado. Nessa segunda-feira (07), a pasta foi entregue aos representantes legislativos da casa e deve ser votada nos próximos dias.

Percepção do governo sobre a proposta

Alguns políticos afirmam que o projeto poderia ser um sinal de que Bolsonaro irá apoiar a redução no valor das gasolinas. Há quem acredite que se trata se uma estratégia que objetiva recuperar sua popularidade em pleno ano de campanha eleitoral.

O texto da PEC kamikaze permite que o Governo Federal repasse até R$ 5 bilhões a estados e municípios, para projetos de mobilidade urbana que beneficiem idosos. Além disso, sugere ainda a criação de um auxílio diesel de R$ 1,2 mil para caminhoneiros, eleva de 50% para 100% o subsídio ao gás de cozinha para famílias de baixa renda, e reduz impostos federais não só sobre os combustíveis, mas também sobre a energia elétrica.

É válido ressaltar que atualmente há duas propostas, voltadas para o barateamento do combustível, em votação. A primeira delas conta com a sanção de Bolsonaro, já está inscrita na Casa Civil da Presidência da República e tem um impacto de R$ 54 bilhões. Já o texto do Senado é ainda deve ser debatido, mas inicialmente tem sido recusado pela equipe econômica.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.