Ex-juiz é investigado por sonegação de impostos. Na última semana, o Ministério Público solicitou que os bens do atual candidato a presidência da república, Sérgio Moro, fossem confiscados. O motivo seria a suposta não prestação de contas com a Receita Federal, de recursos recebidos indevidamente durante a operação Lava Jato. Entenda.
Recentemente, passou a circular na imprensa uma suposta investigação alegando que o ex-juiz e chefe da operação Lava Jato, Sérgio Moro, estaria em débito com a Receita Federal. De acordo com investigações do Tribunal de Contas da União (TCU), ele teria sonegado impostos para esconder recebimentos indevidos durante sua época enquanto jurista.
Detalhes sobre a conduta de Sérgio Moro
De acordo com o subprocurador-geral Lucas Furtado, do MP (Ministério Público), o ex-juiz deverá ter os bens suspensos temporariamente até que seja comprovado que ele teria violado o regime tributário nacional.
Há especulações de que ele teria sido beneficiado, durante a gerencia da operação Lava Jato, com recursos do poder público. No documento que solicita o bloqueio, é pontuada uma certa inconsistência dos seus documentos comprobatórios para com a Receita Federal.
Teoricamente, ele estaria recebendo valores, indevidamente, por conceder uma espécie de consultoria responsável pela administração judicial de empresas condenadas na Operação Lava Jato.
O caso foi descoberto após Sérgio Moro passar a ter os bens monitorados uma vez em que almeja se candidatar a presidente da república, nas eleições de 2022. Pelos dados levantados até o momento, ele poderia ter recebido ao menos R$ 65 milhões.
Presidenciável nega informações
Em resposta ao caso, Sérgio Moro afirmou estar sendo vítima do abuso de poder:
“Me causa perplexidade ao pedir agora a indisponibilidade de meus bens sob a suposição de que teria havido alguma irregularidade tributária. Já prestei todos os esclarecimentos necessários e coloquei à disposição da população os documentos relativos à minha contratação, serviços e pagamentos recebidos, inclusive com os tributos recolhidos no Brasil e nos Estados Unidos”, comentou.
“Fica evidenciado o abuso de poder perpetrado por este procurador do TCU. Pretendo representá-lo nos órgãos competentes, como já fez o senador da República, Alessandro Vieira, e igualmente promover ação de indenização por danos morais. O cargo de procurador do TCU não pode ser utilizado para perseguições pessoais contra qualquer indivíduo”, concluiu em nota oficial anunciada por sua equipe.