Em janeiro, os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$19,665 bilhões de acordo com dados do Banco Central divulgados na última semana. Esta foi a saída líquida mais alta para qualquer mês da série histórica, que começou a ser medida em janeiro de 1995.
No último mês, os investidores da poupança sacaram R$ 280,159 bilhões e depositaram R$ 260,494 bilhões na caderneta.
Geralmente, este mês registra um número maior de saques em decorrência das despesas de início de ano como o IPTU, o IPVA, a matrícula de filhos em escolas particulares, os gastos com material escolar, entre outros.
No mesmo mês de 2021, a poupança teve um resultado negativo em R$18,153 bilhões, que ja tinha sido o resultado mais alto até o momento. Já em dezembro do ano passado, a poupança teve depósitos do que saques em R$ 7,660 bilhões após quatro meses seguidos no negativo.
Considerando o ano passado como um todo, a poupança teve mais retiradas do que aplicações de R$ 35,469 bilhões.
O resultado registrado em janeiro de 2022 se juntou ao rendimento de R$ 5,398 bilhões creditados no mês. Desta forma, o saldo total da caderneta foi de R$ 1,016 trilhão, ante R$ 1,030 trilhão em dezembro.
Por fim, os recursos da caderneta aplicados em crédito imobiliário (SBPE) tiveram mais saques de R$ 15,677 bilhões. No crédito rural (SBPR), foi registrada uma retirada superior a R$ 3,987 bilhões.
Poupança
A poupança se trata de uma aplicação de renda fixa simples e acessível para todos. Menores de idade também podem possuir uma conta em seu nome, com a condição de que sejam representados ou assistidos pelo pai, mãe ou responsável legal.
A modalidade é isenta de custos e não existe incidência de tributos. Os rendimentos da poupança não pagam Imposto de Renda.
Em 2012, a modalidade começou a ter dois tipos de remuneração. Quando a taxa Selic está em no máximo 8,5% ao ano, o rendimento fica limitado a um teto de 70% dos juros básicos acrescido da Taxa Referencial (taxa que está zerada desde 2017). Para situações acima deste patamar, o rendimento é de 0,50% ao mês, ou 6,17% ao ano.