Mudança na Selic: Banco Central eleva taxa de juros; como ficam investimentos e empréstimos?

Nesta quarta-feira (2), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa Selic, de 9,25% ao ano para 10,75% ao ano. Sendo assim, a mudança na Selic foi de 1,5 ponto percentual. Esta foi a oitava elevação consecutiva na taxa básica de juros.

Mudança na Selic: Banco Central eleva taxa de juros; como ficam investimentos e empréstimos?
Mudança na Selic: Banco Central eleva taxa de juros; como ficam investimentos e empréstimos? (Imagem: Montagem/FDR)

Pela primeira vez em quatro anos e meio, a taxa Selic chegou ao patamar de dois dígitos. Este cenário não era observado desde julho de 2017, quando a taxa chegou a 10,25% ao ano.

Em comunicado, o Copom informou que seguirá a aumentar a Selic até que a inflação se controle no médio prazo. Contudo, a entidade alegou que diminuirá o ritmo de elevações dos juros nas próximas reuniões. Isso porque a economia ainda vem sentindo os reflexos das elevações anteriores.

Conforme estimativas do mercado financeiro, a taxa básica de juros deve continuar a subida em março, para 11,75% ao ano. A próxima reunião do Copom acontecerá em 16 e 17 de março. Este patamar, segundo projeções, deve permanecer até o fim deste ano.

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Como ficam investimentos e empréstimos com a mudança na Selic

Diante da alta na Selic, os empréstimos bancários devem ficar com juros mais altos. Em 2021, a elevação do juro bancário foi o maior em seis anos.

Por conta do encarecimento dos empréstimos, o consumo da polução tende a ser afetado. Assim, a elevação na Selic impacta negativamente o emprego, a renda e o Produto Interno Bruto (PIB).

com relação aos investimentos, a alta na Selic torna a renda fixa mais atrativa. Atualmente, as aplicações que podem ser favorecidas são as aplicações pós-fixados atrelados a alguma taxa flutuante — como IPCA, CDI e Selic. Estes índices corrigem o retorno da aplicação segundo sua variação.

Contudo, há uma estimativa de que a Selic chegue ao pico entre março e abril, para continuar o ano estável.

Com isso, alguns especialistas apurados pelo Estadão, já indicam a alocação de uma parte da carteira em títulos prefixados, mas de curto prazo.

De acordo com cálculos do professor de Finanças da FGV-SP, e colunista do Estadão, Fabio Gallo, estas são as rentabilidades líquidas (sem o desconto da inflação) para quem aplicar R$ 1 mil, no período de um ano:

*Quantia após 1 ano, descontada a inflação IPCA de 5,38% estimada pelo Banco Central, no relatório Focus; **Com taxa de administração de 0,5% ao ano; ***Taxa de 1% ao ano; ****Taxa de 2% ao ano

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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