Sergio Moro (Podemos), pré-candidato das Eleições 2022, recebeu aproximadamente R$ 200 mil por um parecer enviado em novembro de 2020. O parecer foi para responder uma consultoria feita pelo empresário Beny Steinmetz. Ele foi a figura principal de uma disputa internacional com a Vale.
O parecer foi desfavorável aos interesses da empresa brasileira e favorável aos do empresário israelense. O conteúdo do documento foi revelado depois de seis meses de quarentena do pré-candidato por causa da sua participação no governo Jair Bolsonaro, sendo ministro da Justiça.
A empresa de consultoria Alvarez & Marsal, noticiou a contratação de Sergio Moro como sócio-diretor da empresa. Seu trabalho é na área de disputas e investigações. Isso aconteceu menos de um mês após o envio do parecer.
Agora, o ex-ministro da Justiça e agora candidato nas Eleições 2022 tem sido interrogado sobre quanto recebeu da Alvarez & Marsal. Uma vez que a empresa está responsável pela administração da recuperação judicial de algumas empreiteiras envolvidas na Lava Jato.
Lembrando que o ex-juiz federal participou dessa operação. O valor da remuneração do pré-candidato está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Isso acontece por causa da suspeita de conflito de interesse. Sergio Moro afirmou que irá divulgar os valores de sua remuneração nesta sexta-feira (28). O documento de Moro para Steinmetz é sobre o caso em que a Vale quer receber uma indenização de bilhões por causa do fracasso da joint venture com o empresário.
O trato era para realizar a exploração da mina de Simandou, na República da Guiné. O parecer de Moro conclui que os empresários da mineradora brasileira teriam repassado informações errôneas e escondido as verdadeiras condições em que o negócio foi fechado com o empresário israelense Beny Steinmetz.
A joint venture entre a Vale e BSGR, multinacional Beny Steinmetz, aconteceu em 2010 e terminou em 2014. Porém, o acordo não foi cumprido, mesmo a mineradora brasileira tendo investido US$ 500 milhões à vista no negócio, pagamento por 51% da empresa.
O negócio entre as empresas começou a falhar depois que Alpha Condé venceu as eleições para presidente da República da Guiné. Isso aconteceu depois do acordo firmado entre as empresas. Mas, o novo presidente mudou as regras de mineração no país, inviabilizando a exploração.