Nesta quinta-feira, 20, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu liberar o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes na faixa etária de 6 a 17 anos de idade. Na oportunidade, a vacina contra a Covid-19 também poderá ser aplicada em pessoas com comorbidades e com baixa imunidade, os imunossuprimidos.
Para que a campanha de vacinação deste público possa ser ampliada, é essencial que se respeite um intervalo de 28 dias entre a aplicação da primeira e da segunda dose da CoronaVac. É importante se lembrar que esta vacina foi a primeira a ser usada em adultos logo no início da campanha, e agora, foi adaptada em uma versão pediátrica.
No entanto, ainda não foram determinados os detalhes de início da vacinação com a nova versão deste imunizante, nem mesmo quando começará a distribuição das doses de CoronaVac e o cronograma a ser seguido pelos Estados e municípios. Apenas a cidade de São Paulo já se empenhou para incluir esta vacina no esquema vacinal.
Vale mencionar que a decisão quanto ao uso pediátrico da CoronaVac foi tomada por unanimidade, ou seja, todos os cinco diretores da Anvisa se posicionaram a favor do tema a pedido do Instituto Butantan. Há algum tempo a instituição buscava obter a licença necessária para usar a CoronaVac, vacina da qual participa da distribuição, para imunizar crianças a partir dos três anos de idade.
Contudo, ao analisar a situação e o imunizante, a agência decidiu liberar por hora, somente a aplicação em crianças com idade a partir de seis anos até que novos estudos mais detalhados sejam apresentados sobre a eficácia nos mais novos. A princípio, o primeiro pedido do Instituto Butantan havia sido feito em julho do ano passado, mas foi negado na ocasião devido à falta de dados o suficiente.
A segunda solicitação foi registrada em dezembro, momento em que a Anvisa decidiu dar uma chance e, juntos, realizaram uma série de reuniões combinadas a mais de dez estudos sobre o imunizante. Hoje, a CoronaVac já é ou foi autorizada a ser aplicada em crianças de diferentes faixas etárias em cerca de seis países pelo mundo e em Hong Kong. Veja o esquema a seguir:
- Camboja: começou a vacinar crianças a partir dos 5 anos em novembro;
- Chile: aprovada para crianças a partir dos 3 anos em setembro;
- China: já começou a aplicar a vacina em crianças a partir dos 3 anos;
- Colômbia: começou a aplicar a vacina em crianças de 3 a 11 anos em 31 de outubro;
- Equador: aprovada para crianças de 5 a 11 anos em outubro;
- Hong Kong: aprovada para crianças a partir dos 3 anos em novembro. A previsão era de que crianças a partir de 5 anos começassem a ser vacinadas nesta semana;
- Indonésia: começou a aplicar a vacina em crianças de 6 a 11 anos em dezembro; já vacinava adolescentes de 12 a 17 anos.