- Terceira dose foi liberada para todos os adultos com 18 anos ou mais;
- Pfizer é a vacina preferencial para dose de reforço;
- Intervalo para a dose de reforço foi reduzido para quatro meses.
Neste final de semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a redução no intervalo de aplicação da dose de reforço da vacina da Covid-19. O prazo, que até então era de cinco meses, passará para quatro meses no caso da terceira dose ou dose única, no caso específico da dose única da Janssen.
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Em uma declaração nas redes sociais, o ministro reforçou que a alteração no intervalo é uma medida com o propósito de ampliar a proteção contra a nova variante, a ômicron.
Queiroga ainda lembrou que a dose de reforço da vacina da Covid-19 é primordial para estagnar a proliferação desta e de novas variantes, e assim, reduzir o número de óbitos e hospitalizações, principalmente entre grupos de risco.
A portaria responsável por oficializar a mudança deve ser publicada até o final desta segunda-feira, 20, no Diário Oficial União (DOU). O ministro orienta para que a população busque se informar sobre o calendário vacinal do município em questão, para se preparar até que chegue a sua vez.
Em determinadas regiões como nos estados de Minas Gerais (MG) e São Paulo (SP), os governos locais já haviam reduzido o intervalo de aplicação da dose de reforço por iniciativa própria.
Lembrando que esta autonomia já havia sido concedida pelo Governo Federal para os estados e municípios. Entre as justificativas apresentadas pelos gestores regionais, a alegação foi a mesma, o receio com o avanço da nova variante.
Até o mês passado, o intervalo da segunda para a dose de reforço da vacina da Covid-19 era de seis meses. Na época, a dose era recomendada somente para idosos e profissionais da saúde. Hoje, toda a população que já tenha tomado a segunda dose da vacina contra a Covid-19 há cinco meses ou mais, já está autorizada a receber o reforço vacinal.
A aplicação da terceira dose da vacina da Covid-19 no Brasil teve início no mês de setembro em idosos e imunossuprimidos. A expansão desta nova etapa da campanha de vacinação ocorreu em novembro, quando foi autorizada para toda a população com 18 anos de idade ou mais.
Levantamento da dose de reforço
Segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa, até a última sexta-feira, 17, a dose de reforço da vacina da Covid-19 já havia sido aplicada em 22.618.133 pessoas. Este número equivale a 10,6% da população brasileira.
O levantamento também mostrou que 141.322.921 pessoas tomaram a segunda dose ou a dose única, portanto, já completaram o esquema vacinal, o correspondente a 66,25%.
Relevância e necessidade da dose de reforço da vacina
Especialistas defendem a importância da dose de reforço da vacina da Covid-19 em virtude do elevado número de infecções até mesmo entre pessoas que já completaram o esquema vacinal com as duas primeiras doses.
É o caso do ator Tarcísio Meira, que morreu no mês de agosto. Além do mais, existem evidências científicas de que a proteção induzida pelas vacinas é reduzida com o passar do tempo, colocando em risco o público mais vulnerável.
É importante explicar que, a necessidade de uma terceira dose não quer dizer que a vacina seja ineficaz. Muito pelo contrário, estudos comprovam a eficácia dos imunizantes contra a Covid-19, e funcionam contra variantes já conhecidas. Ainda assim, elas estão suscetíveis a uma queda na proteção ao longo do tempo.
De acordo com o Ministério da Saúde, a preferência para a dose de reforço da vacina da Covid-19 tem sido dada ao uso da vacina da Pfizer, embora a AstraZeneca e a Janssen também possam ser utilizadas.
A pasta também informa a importância de se privilegiar a imunização heteróloga, ou seja, aquela realizada com um imunizante diferente daqueles usados nas duas primeiras doses.
Nota-se que todos os cidadãos que foram imunizados com qualquer vacina contra a Covid-19 terão direito à dose de reforço. No entanto, este complemento no esquema vacinal não deve ser realizado com a Coronavac. Estudos apontam que sua potência é inferior à Pfizer, AstraZeneca e Janssen.