Segundo o fabricante chinês, Sinovac Biotech, a vacina anti-Covid CoronaVac é segura para ser aplicada em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. O anúncio foi feito na última terça-feira (9), de acordo com estudos que estão sendo conduzidos na África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas.
A CoronaVac é produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan. Diante disso, a vacina está sendo utilizada em todo o país, desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 que iniciou em janeiro.
Porém, com a chegada da campanha em faixas etárias menores, como adolescentes e crianças, o imunizante não está sendo utilizado. O Instituto Butantan solicitou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a autorização para aplicar a CoronaVac no novo grupo, mas o pedido foi negado.
Segundo a Agência, não foi apresentado nenhum dado que comprovasse a eficácia e segurança da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes. Por enquanto, apenas a vacina Pfizer pode ser usada nessa faixa etária.
Porém, na última terça-feira (9), o instituto Butantan divulgou resultados preliminares de um estudo que indica segurança do uso da vacina a partir de 3 anos de idade. A pesquisa contou com 2.140 indivíduos de 6 meses a 17 anos e foi conduzido na África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas.
Segundo o instituto, para os menores de 3 anos de idade o estudo continua. De acordo com os resultados, os efeitos adversos foram mais frequentes na primeira dose e menores na segunda etapa. As reações mais comuns identificadas foram: dor no local da injeção, dor de cabeça e febre.
Com a pesquisa, afirmou o Instituto Butantan, será possível fornecer uma base científica mais sólida para que os países possam utilizar o imunizante em crianças e adolescentes com segurança. Diante disso, é esperado que um novo pedido seja encaminhado á Anvisa.
O Chile, Equador, El Salvador, Colômbia, Camboja e Indonésia já aprovaram o uso de CoronaVac para os jovens de 3 a 17 anos. A China já utiliza o imunizante há alguns meses para esse grupo, sendo que até o mês de outubro, mais de 110 milhões de doses haviam sendo ministradas.
Por enquanto, a Anvisa apenas autorizou o uso da Coronavac em caráter temporária de uso emergencial. Com isso, o seu uso deve ser excluído do PNI (Programa Nacional de Imunizações) após o fim da pandemia.
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