Tarifa de ônibus mais barata? Prefeitos pedem reunião com Bolsonaro para tentar subsídio

A implementação de um subsídio federal para o transporte urbano, capaz de baratear a tarifa de ônibus, motivou o pedido de uma reunião entre os prefeitos de várias cidades brasileiras junto ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Os chefes do Executivo Municipal desejam que o encontro aconteça, no máximo, nos primeiros dias de fevereiro. 

A alegação dos municípios e das empresas prestadoras de serviço é de que a União deveria se mobilizar quanto ao custeio de gratuidades do sistema de transporte urbano, possibilitando a redução dos preços cobrados pela tarifa de ônibus

A previsão é para que a iniciativa tenha um custo aproximado de R$ 5 bilhões ao ano. No entanto, é importante explicar que o clamor provém do aumento no preço do diesel, combustível usado nos ônibus. 

Mas não para por aí, os reajustes salariais dos trabalhadores do setor também influenciam no pedido de um subsídio voltado ao transporte urbano. Por meio de um ofício, a diretoria-executiva da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), alega a necessidade da “instituição de um programa emergencial de assistência financeira imediata para minimizar os reajustes nas tarifas do transporte público”. 

Esta é a razão pela qual a organização solicita uma reunião com o presidente Bolsonaro. Por hora, já está confirmada a presença dos seguintes prefeitos:

  • Ricardo Nunes – São Paulo;
  • Eduardo Paes – Rio de Janeiro; 
  • Rafael Greca – Curitiba;
  • Bruno Reis – Salvador;
  • Sebastião Melo – Porto Alegre;
  • Felício Ramuth – São José dos Campos;
  • Duarte Nogueira – Ribeirão Preto. 

Desde o mês de novembro de 2021 até a última sexta-feira, 14, um total de 43 municípios, entre eles, quatro capitais, promoveram reajustes no preço da tarifa de ônibus. Segundo informações da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), os índices de reajuste variam de 2% a mais de 50%.

Por todo o Brasil, o sistema de transporte urbano gera um custo aproximado de R$ 40 bilhões. Deste total, metade equivale a despesas com mão de obra, enquanto 27% se refere aos gastos provocados pelo preço do diesel. Observando um outro cenário, os empresários do setor notaram que a isenção da tarifa de ônibus concedida a determinados passageiros corresponde a 20%.

Na oportunidade, o presidente-executivo da NTU, Otávio Cunha, destacou que a demanda do transporte urbano teve uma queda drástica em virtude da pandemia. “Mas já há um histórico de redução de passageiros transportados por ônibus, além do aumento das gratuidades. Por isso, a solução não é aumentar tarifa, e sim subsídio, como fazem os Estados Unidos e os países da Europa”, ponderou.

Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.