Brasil tem recorde de famílias endividadas em 2021; confira dicas para sair do vermelho

Em 2021 o nível de endividamento médio das famílias no Brasil atingiu o patamar mais alto dos últimos 11 anos. É o que revelou uma pesquisa realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

De acordo com o levantamento, no último ano, a média de famílias brasileiras endividadas atingiu 70,9%, um recorde. Já em dezembro, o índice foi ainda mais alto, atingindo 76,3% das famílias, patamar máximo histórico registrado pela Confederação.

Com este resultado, 7 em cada 10 famílias contraíram alguma dívida com o sistema financeiro no ano passado.

“Em 2021, observou-se aumento de 4,4 pontos percentuais no número médio de famílias com dívidas em pelo menos uma das principais modalidades – cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro e financiamento de casa, entre outras”, ressaltou a CNC ao G1.

Leve queda na inadimplência 

Mesmo com o número de endividados bastante alto, o percentual médio de famílias inadimplentes, ou seja, com contas atrasadas, caiu de 25,5% em 2020 para 25,2% no último ano.

“No último trimestre do ano, entretanto, o indicador de contas em atraso acirrou, indicando tendência de alta para o início de 2022”, destacou a Confederação.

No último mês do ano, o índice foi de 26,2% em comparação com 26,1% do mês anterior. O recorde do indicador foi batido em agosto de 2020, quando alcançou 26,7%.

Falando sobre as famílias que declararam não ter como pagar as dívidas, e que por conta disso, continuarão inadimplentes, o índice caiu de 11% em 2020 para 10,5% em média no último ano.

Uma pequena alta foi observada no comprometimento médio da renda com o pagamento de dívidas, alcançando uma média de 30,2% ao ano, ante 30% registrado em 2020.

Cartão de crédito 

O cartão de crédito segue sendo o maior motivo das dívidas dos brasileiros, com um patamar de 82,6% na média do ano.

Na sequência aparece os carnês de lojas, citado por 18,1% das famílias, e, na terceira colocação, o financiamento de carro, por 11,6%.

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Como sair das dívidas?

Para conseguir controlar suas despesas, sempre anote tudo em um caderno ou planilha.

Desta forma você terá uma visão completa de onde o seu dinheiro está sendo gasto. Isto também te ajuda a não se perder em meio a tantos pagamentos que devem ser feitos.

Após organizar suas finanças, procure seus credores para negociar suas dívidas. Tendo dinheiro na mão, a negociação fica mais fácil.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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