Nos últimos dias, várias cidades brasileiras têm relatado a falta de testes de Covid-19, surgindo o questionamento sobre o motivo de tal escassez. Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, essa responsabilidade deve ser atribuída aos próprios municípios pela redução no envio de testes pela pasta.
É importante explicar que a falta de testes de Covid-19 está atrelada ao aumento no número de casos positivos para a doença no país. A disseminação do vírus tem sido agravado pelo surgimento da variante ômicron e, diante da ampla demanda, um fator afeta o outro, até chegar ao simples procedimento de detecção do vírus.
Em entrevista à CNN Brasil nesta terça-feira, 11, Marcelo Queiroga afirmou que a pasta tinha o controle sobre a pandemia no Brasil. No entanto, os municípios reduziram as solicitações de testes de Covid-19, tendo em vista a queda nos casos até o dia 28 de dezembro. Por outro lado, a média móvel voltou a crescer poucos dias depois, em 30 de dezembro.
Já na última segunda-feira, 10, foram registrados 36.231 novos casos diários de Covid-19, representando uma alta de 798% em comparação às duas semanas anteriores. Neste sentido, o chefe da pasta de Saúde informou que irá distribuir cerca de 28 milhões de testes de Covid-19 rápidos de antígeno para todos os Estados e municípios ainda neste mês de janeiro.
Do total mencionado, um montante composto por 13 milhões devem ser enviados até o dia 15 deste mês. O quantitativo atual se aproxima ao total de testes de Covid-19 distribuído pela pasta durante todo o decorrer de 2021, que no total foram 31,5 milhões de exames de antígeno.
Por outro lado, Queiroga afirmou que terá condições de realizar a compra de novos testes somente quando for assegurado que aqueles cuja distribuição já está prevista, serão utilizados. “Não posso chegar e comprar 300 milhões de testes sem que haja a garantia que esses exames serão realizados lá na ponta”, declarou o ministro.
Na última semana cerca de 2.100 municípios brasileiros apresentaram um ofício ao Ministério da Saúde requerendo o apoio para que as cidades fossem amparadas por melhores condições de testagem para o vírus.
Neste sentido, o ministério aproveitou para explicar que a pasta não é a única responsável pela aquisição dos testes, sendo que os Estados e municípios têm total autonomia para realizar as compras com recursos próprios.
