O SMS de R$ 690 mil: NFT da primeira mensagem de texto da história é vendido

Na terça-feira (21), o primeiro SMS da história foi vendido pelo preço de 107 mil euros, ou seja, R$ 613,8 mil como um token não fungível, ou seja, um NFT. A compra foi feita em uma casa de leilões de Paris.

A mensagem foi vendida pela Vodafone, uma empresa britânica de telecomunicações.No dia 3 de dezembro de 1992, Neil Papworth, programador da empresa, enviou o escrito “Merry Christmas” (“Feliz Natal”, em português) para o diretor Richard Jarvis. O envio foi feito de um computador para um telefone “Orbitel” de 2 kg (4 libras), semelhante a um telefone de mesa, mas sem fio e com alça.

Os NFTS são ativos digitais, que ganharam popularidade neste ano, com obras de arte sendo vendidas por milhões de dólares.

Os objetos digitais, que englobam imagens, vídeo, música e texto, são comercializados desde 2017. Existem no blockchain, um registro das transações mantidas em computadores em rede. Cada NFT possui uma assinatura digital exclusiva.

Essa venda de bens intangíveis não é legalizada na França, então a casa de leilões empacotou a mensagem de texto em uma moldura digital, exibindo o código e o protocolo de comunicação, disse Aguttes.

O comprador deve receber a réplica do protocolo de comunicação original que transmitiu o SMS e os lucros irão para a Acnur (Agência das Nações Unidas para os Refugiados).

O que são NFTs?

NFT é a sigla para o termo non fungible token, ou “token não fungível”. Estes,são tokens, ou seja, códigos numéricos com registro de transferência digital que garantem autenticidade aos seus donos. 

Assim, eles funcionam como itens colecionáveis, que não podem ser reproduzidos, mas sim transferidos. Diferente das criptomoedas, como o Bitcoin, e vários tokens utilitários, os NFTs não são mutuamente intercambiáveis. 

Os NFTs podem realmente ser qualquer coisa digital, mas muito do “hype” gira em torno da arte digital. Esses podem representar virtualmente qualquer tipo de item, seja ele real ou intangível, incluindo:

– Trabalhos artísticos;

– Itens virtuais dentro de videogames, como skins, moedas digitais, armas e avatares;

– Música;

– Colecionáveis, como cards digitais;

– Ativos do mundo real tokenizados, desde imóveis e carros a cavalos de corrida e tênis de marcas famosas;

– Terrenos virtuais;

– Vídeos de momentos icônicos do esporte.