Como foi o último pregão da Bolsa de Valores em 2021?

Nesta quinta-feira (30), aconteceu o último pregão da Bolsa de Valores em 2021. No fechamento do dia, o Ibovespa registrou alta de 0,69%, aos 104.822 pontos. Apesar disso, no acumulado anual, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) teve queda de 11,93%.

Como foi o último pregão da Bolsa de Valores em 2021?
Como foi o último pregão da Bolsa de Valores em 2021? (Imagem: Montagem/FDR)

Na véspera, no pregão desta quarta-feira (29), o Ibovespa tinha fechando em queda de 0,72%, aos 104.107 pontos. De qualquer modo, no acumulado de dezembro, o índice apresentou elevação de 2,85% — quebrando um ciclo de cinco meses consecutivos de queda.

Perspectiva do desempenho do último pregão da Bolsa de Valores em 2021

No pregão desta quinta, o desempenho da B3 foi auxiliado pelo resultado primário do setor público consolidado. Em novembro, foi registrado um superávit primário de R$ 15 bilhões, segundo o Banco Central (BC).

Esse anúncio acalmou os ânimos dos investidores — de modo a trazer menos pressão para o cenário fiscal local. De forma momentânea, ao menos, essa divulgação, reduziu as preocupações sobre uma possível greve dos servidores públicos federais.

Segundo Bruno Komura, do time de estratégia da Ouro Preto Investimentos, o mercado se animou com o desempenho do setor público. Ele destaca que o dólar e a curva de juros vêm reduzindo.

Este movimento favorece, principalmente as empresas de tecnologia. Na quinta, as ações ordinárias da Méliuz (CASH3) tiveram o maior aumento percentual do Ibovespa, de 7,64%.

Perspectiva do desempenho de dezembro da Bolsa de Valores

Ao considerar o mês de dezembro, os investidores demonstraram menos preocupação com os reflexos da nova variante do coronavírus, a ômicron, sobre a economia.

Mesmo diante do aumento dos contágios, os indicadores de óbitos e internações não subiram na mesma velocidade, especialmente entre os vacinados.

Ao UOL, Andrey Nousi, o CFA e CEO da Nousi Finance, empresa de consultoria e educação Financeira, afirmou que a perspectiva mais amena da ômicron ajudou os índices de Bolsas globais e as companhias de commodities.

Além disso, no Brasil, a B3 foi favorecida pelos juros de longo prazo, que recuaram das máximas.

Apesar da recuperação mensal, o desempenho da B3 já estava comprometido. Na maior parte do ano, foi observado um comportamento fraco. A preocupação do mercado com os gastos do governo contribuiu para a alta do dólar no país.

Com isso, houve uma inflação local mais acentuada. Como resposta, o Banco Central passou a acelerar a elevação da taxa básica de juros, a Selic.

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.