O futuro é ESG: investimentos em empresas sustentáveis ganharam destaque em 2021

Cada vez mais, as companhias têm procurado se alinhar com às práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança, na sigla em inglês). Este termo tem relação, principalmente, a investimentos baseados em companhias que cumprem esses critérios.

Recentemente, em dezembro deste ano, a Associação das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) Anbima estabeleceu critérios de identificação de investimentos sustentáveis.

A partir do início de 2022, os fundos — que possuem foco na sustentabilidade — poderão solicitar o sufixo IS (investimento sustentável). Neste caso, a carteira deve estar alinhada como o propósito em questão.

Segundo um estudo da consultoria PwC, divulgado em outubro, 79% dos investidores consultados alegam que as práticas ESG afetam as tomadas de decisão de suas aplicações.

Quase metade das pessoas alega que pretende retirar recursos de companhias que não realizam medidas concretas conforme esses princípios.

Aumento dos investimentos em ESG

Neste ano, o mercado de produtos de investimento comercializados como relacionados a ESG registrou recorde em grande parte dos parâmetros.

A emissão de empréstimos e títulos sustentáveis — onde os valores são, supostamente, direcionados a projetos ambientais ou para promover as metas sociais de uma companhia — passou de US$ 1,5 trilhão, incluindo aproximadamente US$ 505 bilhões em vendas de títulos verdes.

Os fundos negociados em bolsa, com foco em ESG, atraíram quase US$ 130 bilhões neste ano. O investimento em companhias de tecnologia climática em estágio inicial, foi de quase US$ 50 bilhões.

Em 2021, também houve ganhos consideráveis para gestores de fundos sustentáveis dos Estados Unidos. A receita aumentou quase US$ 1,8 bilhão, segundo dados compilados por pesquisadores da Morningstar, e divulgados pela Bloomberg.

Desde o acordo climático de Paris, em 2015, este foi o primeiro ano que teve mais dinheiro aplicado em títulos verdes — do que dívidas emitidas por companhias de petróleo, gás e carvão.

Para o próximo ano, o crescimento tende a ser ainda maior. Conforme analistas do Morgan Stanley, a emissão de títulos verdes chegará a aproximadamente US$ 1 trilhão em 2022, sendo liderada pela União Europeia.

O Bank of America também possui uma estimativa positiva para as vendas globais. O banco é o principal emissor corporativo de títulos dos Estados Unidos vinculados a fatores ESG.

À Bloomberg, a chefe global de finanças sustentáveis do banco, Karen Fang, destaca “o impulso por trás da transação global rumo ao carbono-zero e da demanda dos investidores”.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.